A luta pelas trabalhadoras gestantes no CAISM

Desde o início da pandemia, o Sindicato tem encontrado dificuldades de dialogar e resolver os problemas na Área da Saúde. A luta vai desde a garantia de EPI’s adequados e proteção dos trabalhadores do grupo de risco até o reconhecimento de atividades insalubres, que até hoje não teve resolução. Além das dificuldades que já existiam antes da pandemia, como assédio moral, falta de espaço adequado para o descanso noturno e sobrecarga de trabalho com a falta de reposição de funcionários, a pandemia somou dificuldades e muito medo principalmente porque os trabalhadores não se sentem seguros para continuar servindo a população neste momento tão crítico. E nesse contexto mulheres grávidas vêm sofrendo por não estarem protegidas, em ambientes com alto risco de contaminação e sem poder tomar a vacina pois ainda não há comprovação científica de que a vacina não irá prejudicar seus bebês. No Hospital da Mulher, onde as gestantes recebem atendimento de alta qualidade, as trabalhadoras que engravidam se veem desamparadas.

Cronograma dessa luta até aqui…

dezembro 1, 2020

Reunião virtual com o chefe de gabinete Prof. Dr. Gontijo

Denúncia da situação das servidoras gestantes do CAISM que foram transferidas dos seus setores por recomendação da DSO em ASO. Deste então, trocamos e-mails e voltamos a nos reunir virtualmente com a presença de representantes da DSO, DSTr, Caism, Reitoria e Sindicato. No entanto, até o presente momento não houve qualquer alteração nas condutas e as gestantes seguem trabalhando na área hospitalar em plena pandemia e aumento constante dos números de casos de COVID19.

dezembro 1, 2020
janeiro 11, 2021

Visita técnica da DSTR na CME

O Sindicato, presente nesta visita, questionou a Engª de Segurança do Trabalho Dilaine Schneider quanto a avaliação restrita às atividades descritas pela DIVEN e foi informado que o DSTr avalia o grau de insalubridade pelas atividades do servidor e não pelo setor. Sendo assim, não foi descrito e avaliado o ambiente e sim a atividade exercida pela servidora grávida. Não tivemos nenhum parecer após essa visita técnica.

janeiro 11, 2021
janeiro 14, 2021

Nota técnica do Ministério Público do Trabalho

Ministério Público do Trabalho apresentou uma nota técnica sobre a segurança das gestantes no ambiente de trabalho mediante à pandemia de Covid-19, recomendando o afastamento das mesmas do trabalho presencial, levando em consideração os riscos da mulher gestante.

janeiro 14, 2021
fevereiro 11, 2021

Reunião com a Procuradoria Geral

Sindicato participou novamente de uma reunião com os representantes citados acima e a Procuradoria Geral, que abordou a Nota Técnica do MPT Nesta reunião, foi acordado que a Reitoria formaria um grupo de trabalho para definir as diretrizes da Universidade quanto às trabalhadoras gestantes e lactantes diante das leis trabalhistas, riscos e atividades insalubres e ainda definir a extensão dos mesmos direitos trabalhistas às gestantes contratadas no regime Estatutário.

fevereiro 11, 2021
fevereiro 26, 2021

Criação de GT

This is Timeline description, you can Foi criado o GT para abordar a situação das trabalhadoras gestantes e lactantes. O GT vem se reunindo semanalmente, mas sem resoluções práticas até o momento.

fevereiro 26, 2021

A criação do GT foi um avanço na luta da mulher trabalhadora, da garantia dos direitos já conquistados e da valorização da vida dessas mulheres e seus bebês, mas essa luta não pode parar! Mulheres precisaram se expor, procurar o Sindicato e estão até hoje trabalhando com medo de serem contaminadas pelo COVID19. Outras muitas mulheres sequer puderam se expressar pois são contratadas em regime estatutário e não são protegidas pelas leis trabalhistas. Leis que a Unicamp alega seguir literalmente e assim não garante a extensão dos direitos a elas e proteção das suas vidas e de seus bebês.
Cabe ressaltar que o CAISM lidera estudo da OMS sobre o impacto da COVID-19 na gestação, apontando que a gestação aumenta as chances da mulher desenvolver a forma grave da doença e precisar de terapia intensiva (referência: https://www.saopaulo.sp.gov.br/noticias-coronavirus/unicamp-lidera-estudo-da-oms-no-brasil-sobre-impacto-da-covid-19-na-gestacao/ ) Sendo assim, as gestantes são consideradas do grupo de risco e deveriam ser afastadas dos locais insalubres imediatamente! Se possível, que façam atividades remotas, mas quando não for possível a adaptação para o teletrabalho, que sejam afastadas sem prejuízo de vencimentos.
Não podemos mais aceitar que em uma Universidade pública onde a pesquisa e ciência são valorizadas, gestores ainda atuem de forma contraditória arriscando as vidas das trabalhadoras e dos seus bebês!

Nenhum direito se conquista sem luta e nós não vamos parar até que todas as vidas sejam respeitadas!
Pelas mulheres, por seus bebês, pela vida, estamos juntos e juntas!

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