Nossa data-base 2023 está chegando e o Fórum das Seis já enviou uma minuta contendo as reivindicações que vão compor a Pauta Unificada de Reivindicações 2023.
Para debater os itens da pauta conjunta será realizada uma Assembleia Geral na próxima quinta-feira (30), às 12n, na sede do STU.
Desde maio/2012 estamos sendo submetidas/os a perdas inflacionárias significativas. Prova disso é que o próprio Cruesp, em negociação com o Fórum das Seis, reconheceu a defasagem salarial e assumiu o compromisso de repor nesta data-base os últimos 14 meses (março/2022 a abril/2023).
Partindo desse compromisso, o Fórum das Seis propõe as seguintes reivindicações:
- Em 1º/5/2023: 16,18% de reajuste (sendo 7,10% da inflação de 14 meses + 8,48%, que é a metade da diferença que falta para repor o poder de compra de maio/2012).
- Até final de 2023: 8,48% (a outra metade que falta para repor maio/2012). Além de nova negociação em outubro/2023.
Não basta os reitores reconhecerem a defasagem, é preciso reajustar de fato os nossos salários. Por isso, é extremamente importante que todos compareçam à assembleia para discutir a pauta conjunta e os rumos da nossa mobilização.
A proposta de Pauta Unificada de Reivindicações 2023 está disponível em nosso site [CLIQUE AQUI] para consulta.
Desvalorização só cresce
Mês passado a imprensa divulgou que Campinas foi considerada a 4ª cidade com maior custo de vida do Brasil, segundo ranking do maior banco de dados de custo de vida do mundo, o Numbeo.
Isso significa que, considerando os gastos com alimentação, transporte, lazer e moradia, por exemplo, perdemos apenas para capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Nem precisa dizer que diminuir a diferença dos menores salários em relação aos maiores, ou seja, valorizar os níveis iniciais das carreiras vai amenizar significativamente as nossas condições de vida.
Defesa do SUS e melhores condições de trabalho
Além da reivindicação salarial, a nossa pauta conjunta cobra também melhores condições de trabalho e o acompanhamento dos efeitos da pandemia da Covid-19, com atenção especial para a participação das entidades nos processos decisórios sobre os efeitos pós-Covid.
Nossa pauta prevê também a defesa da autonomia universitária e o fortalecimento do SUS e cobra o aumento de recursos públicos para as instituições, a democratização das instâncias de poder e o fim das terceirizações e privatizações.
Reivindicamos também o acesso e permanência estudantil, o reconhecimento do vínculo entre o Centro Paula Souza e a Unesp e a isonomia e paridade entre o pessoal da ativa e aposentados/as.
Quebra da isonomia
Enquanto o reitor Tom Zé se enrola para licitar e liberar o vale alimentação anunciado no final do ano passado, a USP sai na frente, mais uma vez, pagando abono e desmascarando a falsa justificativa da “falta de recursos” que ronda todo ano a nossa data-base.
Lá o reitor vai pagar um prêmio de R$ 5 mil para todos/as docentes e funcionários/as, em abril; além de gratificação que varia de R$ 27 mil a 30 mil para docentes e de R$ 4,5 mil a R$ 5 mil para funcionários/as, em maio.
Mais do que nunca precisamos botar toda pressão nesta campanha salarial cobrando um plano de recomposição salarial, cuja aplicação se inicie agora em maio, bem como, tratamento isonômico entre as instituições.
Calendário de Discussão
- Até 4/4: Primeira rodada de assembleias de base;
- 5/4: Reunião do Fórum das Seis;
- Entre 10 e 13/4: Se necessário, nova rodada de assembleias;
- 14/4: Nova reunião do Fórum das Seis e protocolo da Pauta Unificada 2023 junto ao Cruesp.