Sind-Hour celebrou a garra e a sensibilidade das mulheres

“Arte com Resistência” foi como uma trabalhadora da Unicamp definiu o show “O Palco é Delas” organizado pela Coordenação de Cultura do STU, quinta-feira à noite (16), na sede do sindicato.

A festa exaltou a vida e a luta das mulheres, especialmente, das trabalhadoras da Unicamp que seguem firmes e unidas reivindicando melhores condições de trabalho e de vida.

Para a maioria dos presentes, o Sind-Hour foi muito mais do que um show com voz e violão: foi um ato de celebração e resistência!

E arte e resistência sempre andaram juntas na luta, parafraseando Che Guevara “hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás”.

Resistência e esperança nutridas por mulheres que enfrentam diariamente dupla ou tripla jornada para garantir o sustento da família e, quem sabe um dia, “melhorar de vida”.

Marli e Beto abrem o show da noite

É extremamente simbólico e justo que num sindicato composto por mais de 40% de sindicalistas mulheres, num país no qual as mulheres são violentadas, silenciadas, invisibilizadas e desautorizadas, que elas não sejam só homenageadas, mas ocupem o palco no Mês Internacional de Luta da Mulher.

Como definiu uma trabalhadora aposentada da Unicamp que não quis se identificar, “é importante para as mulheres resistir e florescer nos espaços que ocupam, até porque é muito difícil conseguir estar em posições de poder”.

A noite do “O Palco é Delas” foi aberta pelos artistas e diretores do STU, Marli Armelin (voz) e Beto Roldan (violão), que arrancaram muitos aplausos com as músicas “Anunciação”, de Alceu Valença; “Por Enquanto”, de Cássia Eller; “Gostava Tanto de Você”, de Tim Maia; “Quase sem Querer”, da Legião Urbana; “Stand By Me”, de Ben E. King, entre outros sucessos.

Marli e Beto abrem o show da noite

Resistir e celebrar

Vivien e Eliane cantam e encatam a plateia

Mais tarde as cantoras Vivien Ruiz, com a sua potência vocal e Eliane Siqueira, de voz mansa e suave, abriram o show com a poesia “A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar”, de Fernando Birri.

Depois, elas embalaram o público com melodias em forma de protestos como “Samba da Utopia”, de Jonathan Silva, “Triste, Louca ou Má”, de Francisco, el Hombre; “Pagu”, de Rita Lee e Zélia Duncan; “Olhos Coloridos”, da Sandra de Sá; “Azul da Cor do Mar, de Tim Maia; “O Que É, o Que É?, de Gonzaguinha e “Canto das Três Raças”, da eterna Clara Nunes, entre tantas músicas.

Vivien, aposentada da Unicamp, falou da sua alegria em retornar à Universidade para subir ao palco do STU, o sindicato em que já foi diretora e também militante aguerrida por mais de 30 anos.

Vivien e Eliane esbanjaram seus talentos como cantoras e também percussionistas tocando violão, surdo, ganzá, pandeiro meia lua e outros instrumentos.

Na sequência rolou um karaokê, ou melhor, uma animada cantoria em solo, dupla e até quintetos. E não faltaram clássicos de Raul Seixas, Djavan, Queen, Fred Mercury e Tetê Espíndola, por exemplo. Sempre coreografados com dancinhas de época e muitas palmas da plateia.

Reencontro de Jefferson e Kiko, ambos fundadores do STU, em 1991

A maioria dos presentes adorou a iniciativa do Karaokê por causar mais interação e diversão no evento.

O evento foi abrilhantado com a presença do primeiro presidente e um dos fundadores do STU, Jefferson Lee de Souza Ruiz, da gestão “É Proibido Proibir” de 1991 a 1994.

O Sind-Hour “O Palco é Delas” entrou para a história ao celebrar a coragem, a força, o dom e a ancestralidade das mulheres brasileiras que não arredam o pé da luta por direitos, respeito, equidade e liberdade.

A temporada de musicalidade está aberta, fique atento/a aos nossos canais de comunicação que em abril tem mais Sind-Hour para você.

Samba da Utopia (Jonathan Silva)

Se o mundo ficar pesado
Eu vou pedir emprestado
A palavra poesia

Se o mundo emburrecer
Eu vou rezar pra chover
Palavra sabedoria

Se o mundo andar pra trás
Vou escrever num cartaz
A palavra rebeldia

Se a gente desanimar
Eu vou colher no pomar
A palavra teimosia

Se acontecer afinal
De entrar em nosso quintal
A palavra tirania

Pegue o tambor e o ganzá
Vamos pra rua gritar
A palavra utopia

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