Nota do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU)
O Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU) e a representação dos funcionários, docentes e estudantes no Consu (Conselho Universitário), solicitaram previamente a retirada de pauta do item que trata do reajuste de 1,5%, porém a reitoria da Unicamp insistiu na realização da reunião do conselho. Reivindicamos, além da rejeição do índice de reajuste, que esse item não seja discutido na instância do Consu, pois pleiteamos que o percentual de reajuste seja negociado entre o Fórum das Seis – colegiado que congrega os representantes de sindicatos, associações docentes e DCE’s das três Universidades Paulistas Estaduais – e o Cruesp (Conselho de Reitores).
O STU argumentou que o momento era inoportuno para a reunião, tendo em vista a crise na cadeia de distribuição do país, ocasionando especialmente falta de combustível para transporte, motivada pela situação da greve dos caminhoneiros. Esse acontecimento afetou parte dos conselheiros que participariam da reunião, prejudicando a democrática discussão sobre o item na sessão. Essa situação de exceção foi inclusive reconhecida pela própria administração da Universidade que suspendeu as atividades acadêmicas e reduziu a assistência afetando o expediente da maioria dos funcionários. Todos esses fatores legitimam completamente a suspensão da conferência, uma vez que a própria reunião consiste numa atividade acadêmica.
Ao não atender a solicitação dos conselheiros e insistir na reunião, os trabalhadores decidiram manter a manifestação pacífica no entorno do prédio do Consu, que cobrou que a discussão fosse retirada da pauta.
Devido a grande mobilização da comunidade universitária e o apelo de que amanhã (30) acontece reunião de negociação entre o Fórum das Seis e o Cruesp, o reitor decidiu suspender a reunião.
O STU considera a decisão uma vitória do movimento que conseguiu garantir que a discussão da pauta seja feita na instância adequada, a mesa de negociação. Insistimos que o caminho para resolver o impasse passa pelo diálogo e a presença do reitor na reunião entre o Fórum da Seis e o Cruesp.
Destacamos a participação ativa dos trabalhadores da Área da Saúde (HC e Caism), demonstrando que a greve no setor está ganhando força, e a mobilização dos técnico-administrativos no ato de hoje, apesar das dificuldades de mobilidade impostas pela situação atual.
Estamos em greve desde 22 de maio e na próxima segunda-feira (4) tem nova Assembleia Geral para debater os rumos do movimento paredista, frente ao resultado da reunião de negociação prevista para amanhã.
Foto: Rafael Jorge