Grevistas aguardam próxima reunião com o Cruesp para discutir reajuste zero. Adesão ao movimento era de 70% até esta quinta-feira (24), afirma sindicato.
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aprovou em assembleia com aproximadamente 300 trabalhadores, na tarde desta quinta-feira (24), a manutenção da greve de funcionários. Eles estão parados há dois meses contra o reajuste zero proposto para a categoria.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU) Diego Machado de Assis, a assembleia foi realizada para debater alguns indicativos propostos pelo Fórum das Seis na terça-feira (22). Alguns representantes da Universidade de São Paulo (USP) também participaram da reunião. “Ficou decidido que só depois do reajuste zero é que as universidades deveriam discutir as pautas específicas de cada uma. Vamos pedir que reavaliem e reabram essa discussão”, explica.
Ainda segundo Assis, na próxima segunda-feira (28) haverá um novo encontro do comando de greve para decidir os rumos do movimento. No entanto, de acordo com o diretor, a nova data para a reunião entre representantes dos grevistas e o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp),que deveria ter sido definida na última semana, ainda não foi agendada. “Eles não retornaram. Estamos esperando”, afirma.
Segundo o STU, a adesão à greve está em 70% até nesta quinta-feira. O percentual, no entanto, é contestado pela universidade que afirma que as atividades funcionam normalmente em 85% das 22 unidades de ensino e pesquisa. Nos outros 15%, segundo a instituição, houve adesão predominantemente de servidores técnico-administrativos.
Ano letivo
Por meio de nota, a Unicamp disse que as aulas não dadas neste semestre serão repostas e em breve, a universidade fornecerá informações detalhadas sobre os encaminhamentos previstos.
A universidade informou também que a maioria dos alunos de graduação e pós-graduação está com suas notas em dia junto à Diretoria Acadêmica. “Conforme registrado no sistema, 70,4% dos alunos da graduação já tiveram suas notas e frequências carregadas e disponíveis para o histórico escolar. Da mesma forma, as notas de 69,3% dos estudantes de pós-graduação foram lançadas “, explica o órgão no documento.