Com ajuste fiscal, governo recua em negociações e adia reajuste para agosto de 2016

Após o anúncio das novas medidas do ajuste fiscal, feito na segunda-feira (14) pelo ministro Levy, o comando nacional de greve da Fasubra ocupou na terça-feira (15) o Ministério da Educação. As medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda preveem o adiamento de reajuste ao funcionalismo, suspensão de concursos, eliminação do abono de permanência criado na reforma da previdência do governo Lula para os servidores que continuam trabalhando mesmo tendo tempo para se aposentar, entre outras medidas.
Após a ocupação do Ministério os servidores conseguiram antecipar uma reunião agendada para ontem com o Planejamento, mas não teve avanços nas negociações. Ao contrário, houve recuo da proposta apresentada semana passada. O governo propôs aplicar 5,5% do reajuste apenas em agosto de 2016 e 5% em janeiro de 2017 com progressão do STEP (evolução na carreira) – o que resultará em cerca de 3% de acréscimo aos salários. Os benefícios também seriam corrigidos em média à razão de 22% (equivalente ao IPCA do período em que ficaram congelados), com o auxílio alimentação passando de R$ 373,00 para R$ 458,00.
Será realizada nova audiência na próxima quarta-feira (23).
Em nota, a Fasubra destaca que “a última versão do ajuste fiscal ampliou o golpe, imputando aos trabalhadores a conta da crise que, além de diminuir o impacto do reajuste em 2016, que não cobria sequer a inflação de 2015, amplia a retirada de direitos dos trabalhadores, inclusive componentes que integram a remuneração salarial dos servidores federais”.
A categoria, cuja greve segue em 62 das 63 universidades federais do país e hoje completa 113 dias mesmo com ameaça de corte de ponto, realizará assembleias de base até terça-feira para discutir a proposta.
Paralisação nacional – Entidades do funcionalismo realizaram na terça-feira reunião convocada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais. A decisão foi intensificar a mobilização, iniciar uma nova jornada de greves contra o ajuste e convocar um dia nacional de paralisação do serviço público em 23 de setembro. Já estão paralisados trabalhadores do Judiciário Federal, INSS, Ibama, órgãos federais do Executivo em diversos estados e médicos peritos.

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