Assembleia reafirma posicionamento contra a presença da PM nos campi

 Com expressiva participação, categoria também cobra fim da terceirização na segurança

Na última sexta-feira (11), a reitoria José Tadeu Jorge recuou da autorização à Polícia Militar para atuar na Unicamp. Em relatório divulgado após reunião com o DCE, a administração informa que convocará uma coletiva de imprensa para formalizar que “nenhum convênio foi firmado com a Polícia Militar, e que não apresentará proposta de firmá-lo, bem como não recorrerá à PM para rondas ostensivas, revistas pessoais, intervenções no movimento sindical e estudantil, ou qualquer monitoramento dos Campi”.

A reitoria se compromete também a “estabelecer um debate amplo com toda a comunidade da Unicamp no sentido de produzir e implementar um plano de segurança e vivência”.

Na avaliação da diretoria do STU o movimento realizado pelos estudantes para expor as contradições entre o discurso e a prática da reitoria e forçar o debate sobre a gestão da segurança uni­versitária conquistou uma importante vitória para toda a comunidade.

No dia 10, em assembleia, a categoria decidiu por ampla maioria rejeitar a decisão da reitoria de firmar convênio com PM para a realização de rondas nos campi. Além disso, se posicionaram a favor de um novo modelo de segurança para a Unicamp. A principal questão levantada é o fim da terceirização.

Também foi discutido o movimento dos estudantes, que obrigou o reitor a recuar da “oferta” do governador. Na opinião da maioria da assembleia, a ocupação foi decisiva para mudar a po­sição do reitor.

Outro ponto discutido foi o documento apócrifo que circulou pelo campus, defendendo a reitoria e atacando os estudantes. No site do STU, há um abaixo-assinado repudiando a ação dos que tentaram falar em nome da categoria e sequer se identificam.

 

Ato em frente a reitoria debate segurança nos campi

Outro encaminhamento da assembleia foi a realização de uma atividade em repúdio à presença da PM na Unicamp. O STU convoca os trabalhadores a paralisarem nesta quarta-feira, a par­tir das 11h, para participar de debate sobre a segurança em frente à reitoria e acompanhar a assembleia dos estudantes.

Ato em frente à reitoria debate segurança nos campi

Na semana passada, servidores gravaram em vídeo da ação truculenta da PM no condomínio Arlete Cardozo Lins – região dos DICs. As imagens estão disponíveis no site do STU e mostram mulheres e crianças sendo desrespeitadas e ameaçadas. “Os policiais bateram em uma criança de 12 anos e apontaram a arma para uma de 8, xingaram e desrespeitaram algumas moradoras”, alega uma testemunha.

A ação da polícia aconteceu entre 18 horas e 22 horas do último dia 10. Vizinhos afirmam que um policial gritou e bateu em um dos moradores.

Segundo a testemunha, não havia sequer respaldo legal para a ação policial. “Eles não tinham mandado, mas invadiram”. Três pessoas foram presas: uma moradora – que já foi liberada – e duas pessoas que não moram no local, mas, segundo a PM, foram presas dentro do condomínio.

Até agora só um residente prestou queixa, e ninguém da Corregedoria da PM se pronunciou sobre o caso.

Este é apenas mais um exemplo da necessidade de desmilitarização desta força e de como o modelo de segurança pública em vigor nas polícias é incompatível com o ambiente universitário.

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