Em reunião nesta quarta, reitor aponta que a efetivação da isonomia, que era um compromisso, agora é dúvida * STU convoca o Conselho de Representantes (CR) para terça-feira (28), às 14 horas (local a confirmar), e Assembleia Geral para dia 11/11.

Aconteceu nesta quarta-feira (22) à tarde a reunião da comissão de trabalhadores e representantes do STU com o reitor José Tadeu Jorge. Os dirigentes do STU cobraram a retomada negociação dos itens pendentes da pauta de reivindicações específicas.

A reunião foi longa, começando pouco depois das 16 horas e se estendendo até às 19 horas, mas não houve avanços nos debates.

Isonomia

A discussão se concentrou na efetivação da isonomia com a USP, com o sindicato reiterando o atraso do compromisso assumido no ano passado de implementar a segunda fase do processo na data-base deste ano.

Mas Tadeu deixou claro que não só o processo terá atrasos como é possível que não se concretize, uma vez que atrelou a próxima fase da isonomia a um eventual aumento de repasse do ICMS.

Oras! Nós trabalhadores sabemos bem que quando o reitor quer nos enrolar culpabiliza o governo do Estado e cruza os braços à categoria. Não faz nem dois meses que Tadeu disse que tinha dinheiro para cumprir suas promessas de campanha, além de declarar o mesmo em vários jornais. Agora, sem greve, ele diz que a folha está comprometida. A nossa resposta só pode ser uma: MOBILIZAÇÃO E LUTA!

O STU reafimou a cobrança de que o compromisso com os trabalhadores seja respeitado e que fosse já marcada nova reunião, agendada para 27 de novembro.

30 horas, DEdIC e mudança de regime

Além da isonomia, a Comissão de Negociação apresentou na reunião o debate sobre a reivindicação dos trabalhadores da área da saúde que não foram contemplados na resolução do Conselho Universitário sobre a retomada da jornada de 30 horas semanais. Foi informado ao reitor formalmente o pleito dos servidores e que o sindicato protocolararia o abaixo-assinado formulado pela categoria.

Também foi reiterada a necessidade de retomar as negociações sobre a pauta específica da DEdIC. Além da cobrança pelo estabelecimento do calendário da segunda etapa do processo de mudança de regime – em relação ao qual o reitor se comprometeu a discutir com a comissão e apresentar ao sindicato uma proposta de data para encaminhar discussão para o CONSU.

Auxílio alimentação para aposentados

Os representantes do Departamento de Aposentados e Assuntos de Aposentadoria do STU também apresentaram uma minuta de anteprojeto de lei para extensão do auxílio alimentação a esse segmento da categoria, conforme já acontece na Alesp.

O sindicato cobra que o reitor encaminhe a proposta ao Conselho de Reitores e defenda que o Cruesp encaminhe o tema à Assembleia Legislativa e ao Governo do Estado com o compromisso de defender que seja aprovada uma lei para instituir o benefício aos trabalhadores aposentados das três universidades estaduais paulistas. O reitor afirmou que vai analisar o documento e apresentar um posicionamento a respeito.

Abono salarial

O STU alerta que caso algum funcionário não tenha recebido o abono conquistado durante a greve deve procurar o sindicato. O abono foi conferido a título de indenização pelo atraso na data-base, portanto todos que teriam direito ao reajuste a partir de maio têm direito ao abono.

Retomar a mobilização

Para construir a mobilização e a luta pela isonomia, o STU convoca o Conselho de Representantes (CR) para terça-feira, às 14h (local a confirmar), e uma Assembleia Geral para dia 11/11.

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 O QUE DISSE O REITOR: O principal argumento apresentado pelo reitor foi Que haveria uma situação de instabilidade orçamentária que não permitiria estabelecer prazo para efetivação da isonomia. Segundo Tadeu, a realidade orçamentária da Unicamp aponta para uma discussão mais alongada, quando já estiverem disponíveis os dados do ICMS. O reitor reafirmou que o comprometimento orçamentário atual com a folha de pagamentos gira em torno de 97%. E disse ainda que o cenário econômico apresentado era imprevisível porque, pela primeira vez em mais de dez anos, o crescimento do ICMS no terceiro trimestre não vem se comprovando.