A maioria absoluta dos profissionais de saúde da rede estadual cumpre jornada de 30 horas por lei. Mas na Unicamp, há anos as reitorias se escondem atrás da falta de leis federais que regulamentem a jornada dos profissionais de Enfermagem e outras categorias para negar esse direito aos trabalhadores do Complexo Hospitalar.
Na primeira reunião de negociação da Campanha Salarial 2013, no dia 21/5, a diretoria do STU ressaltou a necessidade de considerar as preocupações dos trabalhadores na retomada das 30 horas. Questões como o dimensionamento do quadro de pessoal, escalas e estabilidade nos locais e horários de trabalho são elementos fundamentais. Mas o reitor, que em 2006 retirou as 30 horas, acha que as preocupações da categoria “atrasam” a discussão. Embora até agora Tadeu não tenha se comprometido com nenhum prazo para garantir a mudança da jornada.
Além disso, o GT da reitoria está limitado a “analisar e propor as providências a serem tomadas visando à implantação da jornada de 30 horas para os profissionais que atuam diretamente nas atividades de assistência”.
Para o STU, a retomada das 30 horas deve ser para todos os trabalhadores do Complexo Hospitalar. A pressão, riscos e o stress característicos do trabalho na saúde atingem também os administrativos.
Diferentemente de outras diretorias do STU, a gestão Vamos à luta! não é contra a redução da jornada para categorias específicas (luta dos colegas da Enfermagem, farmacêuticos, biomédicos e psicólogos). No entanto, à entidade cabe defender as 30 horas para todos. Assim como defender isonomia nas estaduais não se contrapõe à luta pela isonomia na Unicamp. “Avanços específicos ajudam a luta da geral, mas entendemos que todos os setores estão relacionados ao atendimento e vêm sofrendo com o stress no trabalho e a falta de pessoal”, ressalta o diretor Iuriatan Muniz (o Iuri).
Por isso, o STU seguirá organizando reuniões de unidade no HC e plenárias para sistematizar as reivindicações a serem cobradas ao reitor.