Fórum das Seis indica greve. Assembleia Geral nesta quarta (18), às 12, no saguão do Ciclo Básico.
A reunião do Fórum das Seis com o Conselho de Reitores nesta segunda-feira evidenciou que a prioridade dos reitores passa longe da valorização das categorias e do desenvolvimento das universidades paulistas. Não à toa o reitor da USP sequer apareceu na reunião. Os trabalhadores disseram ainda durante o ato em frente à reunião: é greve!
O índice é muito abaixo dos 12,34% reivindicados pelas categorias (inflação pelo ICV-Dieese mais 3% de reposição de perdas históricas) e distante até mesmo da inflação do período de maio/2015 a abril/2016.
Por isso, após a reunião a coordenação do Fórum indicou para as assembleias o debate sobre a necessidade de iniciar uma nova greve (veja nota abaixo). A força da mobilização neste momento é decisiva para arrancar conquistas. É hora de fortalecer a luta e a unidade entre professores, técnico-administrativos e estudantes.
Participe da assembleia, a luta é de todos!
Os indicativos às categorias
Reunidas após a negociação, as entidades que compõem o Fórum das Seis foram unânimes em considerar a ‘não-proposta’ do Cruesp como um acinte, um total desrespeito à comunidade que vem sustentando a qualidade das universidades estaduais com o seu esforço e dedicação nos últimos anos, ainda que remando contra a falta de profissionais e a crescente deterioração de suas condições de trabalho. Não podemos tolerar a manutenção e a agudização do processo de desmonte das universidades estaduais paulistas, que se materializou no episódio desta segunda negociação na forma de arrocho salarial.
Em paralelo, temos um cenário crescente de reação e luta nas universidades: expressiva adesão ao dia de paralisação em 16/5, servidores da USP em greve desde 12/5, paralisações estudantis nas três instituições.
Ainda que o Fórum das Seis tenha protocolado a Pauta Unificada em 31/3, a primeira negociação só foi agendada para 30 dias depois, em 27/4, na qual nada disseram sobre reajuste. Ou seja, esperaram até agora para apresentar a ‘não-proposta’. Diante disso, o Fórum das Seis propõe às categorias:
Rodada de assembleias até 24/5.
Indicativo de greve.
Novo ato unificado em 30/5, data da reunião com o Cruesp.
Fonte: Boletim do Fórum das Seis
Indignação na DGA e DGRH
O sentimento de insatisfação marcou os depoimentos feitos na reunião dos funcionários da DGA e da DGRH realizada ontem pela manhã (17).
O reajuste de 3% proposto pelo Cruesp na reunião de negociação de segunda-feira (16) não agradou, ao contrário, causou indignação pois sequer repõe as perdas inflacionárias do período que chegam a 9,34%.
A categoria demonstrou preocupação com a conjuntura adversa que a classe trabalhadora está passando, em especial o funcionalismo público, e apontou como solução a construção de um movimento de resistência para enfrentar os ataques vindos dos governos Federal, Estadual e do reitor da Unicamp.
“Por um lado vemos cortes de verbas, descompromisso com a isonomia e índice de reajuste irrisório, e do outro lado ataques aos direitos sociais e trabalhistas. Então, não resta alternativa a não ser a unidade dos funcionários, estudantes e docentes”, defendeu um funcionário da DGRH.
Os trabalhadores ressaltaram a importância de fazer um amplo processo de convencimento e sensibilização da categoria porque nossa luta não é só pelos 12,34%, mas em defesa da educação e do serviço públicos.
Outro funcionário também destacou que “o momento é de coragem para se unir aos estudantes que deram o pontapé inicial convocando a greve para garantir avanços nas pautas”.
Neste momento de indignação o STU convoca toda a categoria para participar da assembleia que discutirá o indicativo de greve do Fórum das Seis.