Trabalhadores da Unicamp suspendem greve e aprovam contrapropostas

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Assembleia Geral dos Trabalhadores da Unicamp realizada no Ciclo Básico

A Assembleia Geral dos trabalhadores da Unicamp, realizada hoje (11), decidiu suspender a greve iniciada em 23 de maio. Os funcionários técnico-administrativos retornam ao trabalho na próxima segunda-feira (15).

Após 80 dias de greve, a categoria decidiu que o STU deve ajuizar um pedido de abertura de processo de dissídio coletivo para solucionar o impasse entre a instituição e os trabalhadores no que diz respeito às questões econômicas como isonomia e reajustes de salário e de benefícios.

Nossa Campanha Salarial cobrou reajuste salarial de 12,34% e o Cruesp concedeu apenas 3%, índice que não repõe a inflação período e reconhecido pelo reitor José Tadeu Jorge como insuficiente.

De acordo com o diretor do STU, Antônio Alves Neto, o que fica para os trabalhadores é um saldo organizativo da greve em diversas unidades da Unicamp, como a Área da Saúde e a Divisão de Educação Infantil e Complementar (Sistema Educativo), que têm mais dificuldades de mobilização e sofrem pressão por conta da especificidade do serviço. “Os próximos passos é conseguir junto à reitoria a devolução do desconto de greve, garantir que não haja punição aos trabalhadores e avançar na mesa de negociação dos pontos da Pauta de Reivindicações Específicas”, explicou o dirigente sindical.

Na próxima quarta-feira (17) haverá reunião com a reitoria da Unicamp e uma Comissão de Negociação formanda na assembléia com indicação de representantes das unidades que estiveram na greve. O objetivo é cobrar a retirada imediata dos descontos e a construção de um calendário de negociação da pauta. Também iremos apresentar uma contraproposta construída e aprovada em assembleia.

“Encerramos a greve, mas vamos continuar mobilizados fazendo reuniões e cobrando negociação com o reitor de todos os itens da nossa Pauta de Reivindicações Específicas”, afirmou a coordenadora geral do STU, Margarida Barbosa.

A diretoria do sindicato defende que a decisão de continuar ou não em greve sempre esteve nas mãos dos trabalhadores e cada passo dado foi no sentido de garantir o cumprimento das nossas reivindicações. “A assembleia apresentou um conjunto de contrapropostas a ser debatido e esperamos que na próxima reunião com o reitor possamos avançar nos pontos que interessam aos trabalhadores”, relatou o diretor Antônio Alves Neto.

A categoria apontou para a próxima quinta-feira (18) a realização de uma Assembleia Geral com Paralisação para discutir o resultado da negociação entre os trabalhadores, STU e reitoria.

A assembleia formou uma comissão de trabalhadores para analisar junto com a assessoria jurídica do STU os trâmites para o pedido de dissídio que ainda não tem data para ser ajuizado.

Conselho de Representantes

Também foi aprovado que o sindicato inicie um processo de recomposição do CR (Conselho de Representantes) para garantir a continuidade e fortalecimento da mobilização.

O processo eleitoral e os procedimentos para recomposição do conselho deverá ser feito no prazo máximo de 15 dias, respeitando o regimento e estatuto da entidade.

Fórum das Seis Entidades se reúne com o Cruesp

No momento, ainda está em andamento a reunião entre o Cruesp e o Fórum das Seis Entidades. A intenção é cobrar dos reitores respeito à isonomia, nenhuma repressão aos grevistas e empenho na busca de mais recursos financeiros para as universidades estaduais paulistas.

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