Trabalhadores da Unicamp paralisam atividades e contam com bancários e estudantes

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Funcionários, estudantes e bancários constroem movimento forte

Hoje (29), Dia Nacional de Paralisação e Manifestações Rumo à Greve Geral, os trabalhadores da Unicamp cruzaram os braços para protestar contra o Projeto de Lei que amplia a terceirização, as MPs 664 e 665 que reduzem os direitos previdenciários e o seguro desemprego e o ajuste fiscal promovido pelo governo Dilma.

As centrais sindicais convocaram à classe trabalhadora e os movimentos sociais a realizarem atos pelo país afora em resposta aos ataques aos direitos e conquistas.

É certo que o projeto de ajuste fiscal avança a passos largos e a terceirização quer liberar a contratação de terceirizados para as atividades fins e utilizar pessoas jurídicas para ocupar postos de trabalho. Essas medidas causam um grande retrocesso aos direitos trabalhistas e prejuízos à luta sindical porque geram redução de salários e benefícios, péssimas condições de trabalho, demissão e enfraquecimento da categoria. Além disso, as MPs 664 e 665, propostas pelo governo federal, dificultam o acesso ao seguro desemprego e reduzem as pensões.

Aqui na Unicamp, a categoria atendeu o chamado das centrais paralisando suas atividades e aproveitando o dia para recepcionar, aqueles que chegavam à Universidade, com materiais informativos sobre o motivo deste Dia de Luta.

 

Entidades somam forças

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Panfletagem nas guaritas para explicar o motivo deste Dia de Luta

Pela manhã, uma força conjunta entre o STU e o Sindicato dos Bancários de Campinas e Região promoveu a paralisação dos trabalhadores da Unicamp e das agências bancárias dentro da Universidade. As agências de Barão Geraldo e Paulínia também ficaram fechadas.

Na Unicamp as guaritas foram liberadas pouco antes das 10h e as agências voltaram a funcionar ao meio dia.

A paralisação também contou com a adesão dos estudantes, especialmente, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), Faculdade de Educação (FE) e Instituto de Economia (IE), além da direção nacional da Fasubra.

À tarde a categoria acompanhou o debate sobre terceirização, organizado pela Adunicamp, e depois seguiu em caravana rumo a São Paulo para o ato das centrais sindicais na Praça da República.

É certo que a atividade cumpriu seu papel de sensibilizar e alertar a categoria e a população para os prejuízos dessas manobras políticas que estão tramitando no Congresso Federal.

 

Nossa luta não é de agora

Na Unicamp, historicamente, lutamos contra o avanço da terceirização – principalmente na Área da Saúde, no Restaurante Universitário e no Setor de Limpeza – por meio de contratos firmados entre a Universidade e a Funcamp que, muitas vezes, ampliam a exploração e ferem os direitos trabalhistas.

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Entrada do HC (F1) também teve paralisação para denunciar descaso

Sob a falsa justificativa de economia financeira e modernização dos processos, a terceirização, na verdade, contribui para precarizar as relações de trabalho, retirar direitos e agravar a qualidade do serviço prestado.

“Combater as diversas manobras nefastas de terceirização é pauta central da classe trabalhadora. E, aqui na Unicamp, o STU se coloca frontalmente contra essa medida que amplia a privatização do serviço público e incentiva o assédio moral e os acidentes de trabalho, além de reduzir o quadro de funcionários concursados e estimular a pressão da chefia para cobrar aumento da produtividade”, explica o diretor do STU, João Raimundo Mendonça de Souza, o Kiko.

O Sindicato repudia que a Unicamp, referência nacional e internacionalmente, se construa à custa da exploração do trabalhador, principalmente o terceirizado.

Direito não se reduz, se amplia!

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