Em resposta ao congelamento dos salariais funcionários técnico-administrativos decidem em assembleia realizada hoje à tarde (22) pela greve nesta sexta-feira
Os trabalhadores da Unicamp reunidos em assembleia na tarde desta quinta-feira (22) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado.
A paralisação começa amanhã (23) e o motivo é o congelamento dos salários neste ano decidido pelo Conselho de Reitores (Cruesp) das três universidades paulistas: Unicamp, USP e Unesp.
A decisão de greve dos funcionários técnico-administrativos da Unicamp foi votada hoje em assembleia com a presença de centenas de trabalhadores na Praça da Paz. Duas propostas foram apresentadas à categoria: greve ainda hoje ou a partir de amanhã. A maior parte da categoria decidiu pela greve amanhã para organizar melhor a luta.
Para a coordenadora geral do STU, Margarida Barbosa, “a assembleia foi bem representativa e a expectativa é sairmos vitoriosos desta greve. Mas não podemos esquecer que o desafio será grande e nem perdermos de vista a importância do fortalecimento da mobilização para conquistarmos nosso índice”.
Em reunião realizada ontem (21), o Cruesp ofereceu aos trabalhadores e docentes “zero de reajuste”. Os funcionários não aceitam zero outra vez e respondem com greve!
“A postura do Cruesp foi lamentável. Agora nosso objetivo é mobilizar os trabalhadores em suas unidades e organizar o Comando de Greve para que na próxima segunda-feira nosso movimento atinja o auge”, explica a coordenadora geral.
O índice reivindicado pelos trabalhadores e docentes das três universidades estaduais é de 10% e leva em conta a recomposição salarial em razão das perdas inflacionárias. Os reitores decidiram pelo congelamento dos salários quando, no caso da Unicamp, há sobra orçamentária acima de R$ 1,3 bilhão. O que significa que a crise financeira não é verdadeira.
A diretora do STU, Marina Rebelo também acredita que “será uma greve grande e muito forte, pois a categoria se mostra muito indignada e coesa na luta para derrubar o zero do Cruesp. Sem dúvida será uma greve difícil, pois os reitores já demonstraram, marcando a próxima reunião de negociação para setembro, que não tem disposição de diálogo. Mas temos a certeza que arrancaremos a vitória com luta e unidade da categoria”.
Ainda hoje (22) a diretoria do STU se reúne para discutir a organização do movimento e a recepção dos grevistas amanhã pela manhã.