Há vários boletins o STU vem denunciando a precariedade das condições de trabalho na Área da Saúde. A direção do sindicato também vem cobrando aos gestores medidas efetivas com prazos determinados para a solução dos problemas, mas não tem se verificado a necessária prioridade à dignidade no trabalho e no atendimento à população. Esta realidade viola o acordo firmado pela Unicamp com o Ministério Público do Trabalho em 2001, e o sindicato tomará as providências necessárias caso as administrações sigam se esquivando.
Sujeira, teto danificado e vazamentos no Caism
No Pronto Atendimento do Caism, os aparelhos de ar condicionado de consultórios, corredores e salas apresentam vazamentos com risco inclusive de curto circuito, pois em vários desses locais as vazaduras ocorrem sobre instalações elétricas. Na recepção e entrada de pacientes, quando chove é necessária a colocação de baldes e panos no chão para captar a água. O teto de um dos consultórios está quebrado há mais de um ano, deixando a fiação exposta. O acúmulo de umidade gera manchas e mofo nas paredes, o que é incompatível com um ambiente hospitalar.
Soluções já foram cobradas por diversas vezes pelos funcionários às chefias imediatas e a direção do STU busca há tempos discutir o tema com a superintendência da unidade, sem sucesso.
Agora, a partir das 22 horas, o banheiro do PA está sendo usado por trabalhadores homens e mulheres, em discordância com a NR-24, por determinação do serviço de hotelaria.
Procurada, a superintendência do Caism enviou uma nota na qual ressalta a importância da unidade e que o sindicato é um aliado na defesa do hospital, e reconhecendo que “atenção qualificada e vultosa ofertada diariamente pelo Caism desde a sua fundação é fruto do trabalho de excelência desenvolvido por seu corpo profissional”. No entanto, não deu prazos para solução dos problemas. Limitou-se a reconhecer que “as instalações encontram-se envelhecidas e, já há algum tempo, começaram a dar mostras de desgaste, problema que se agrava no período das chuvas”. Além de informar que tem tomado as medidas cabíveis (sem explicar quais).
Superintendente do HC se compromete com reforma do laboratório de Anatomia Patológica
Há mais de um ano os trabalhadores do HC também enfrentam problemas com vazamentos na unidade. Como já denunciado, o teto do Laboratório de Anatomia Patológica do HC corre risco de desabar completamente, já tendo ocorrido desprendimento de partes do forro. Apenas reparos paliativos foram realizados neste período e há outras áreas do hospital que também convivem com vazamentos, como reconheceu o superintendente do HC, professor João Batista de Miranda, em reunião com a diretoria do sindicato. Na conversa, João Batista informou que foi concluída recentemente a licitação para reparos do teto e do vazamento, e que as obras de impermeabilização da laje do hospital começam após o carnaval. As outras s unidades afetadas também estão no cronograma de trabalho de impermeabilização, segundo o superintendente.
Desrespeito às 30 horas nos laboratórios da FCM
Outra situação inaceitável para a direção do STU e os trabalhadores da Área da Saúde é o fato de que os laboratórios da Faculdade de Ciências Médicas não foram incluídos entre as atividades alcançadas pela resolução do Conselho Universitário que retomou a jornada de 30 horas nas funções ligadas à assistência à saúde. Há um ano os trabalhadores buscam reverter este quadro sem respostas das chefias.
O STU então solicitou reunião com a diretoria da FCM, representada pelo professor Roberto Teixeira Mendes, ocorrida no dia 28 de janeiro após muita insistência do sindicato. A posição da administração, no entanto, é que os laboratórios se inserem apenas nas atividades de pesquisa, apesar da função de técnico de laboratório ser caracterizada como assistencial e suas atividades serem reconhecidas como tal pelo Ministério Publico do Trabalho.
A direção do sindicato ressalta que os laboratórios da Área da Saúde têm como objetivo a pesquisa dentro da assistência – sendo fundamentais para o diagnóstico e tratamento de doenças.
A direção da FCM comprometeu-se a apresentar num prazo de 30 dias uma resposta à demanda e os funcionários ficaram de encaminhar à direção da unidade um documento descrevendo todas as atividades que desenvolvem (exames relacionados à assistência e à pesquisa e o número de procedimentos realizados mensalmente).
O STU cobrará ainda que a reitoria regulamente as 30 horas para acabar de vez com estas distorções.