No último dia 10 de fevereiro a Prefeitura de Campinas divulgou no Diário Oficial a suspensão sem prazo determinado do processo licitatório para terceirização da farmácia do Hospital Municipal Mário Gatti. A decisão foi tomada após empresas concorrentes impugnarem o edital questionando falhas técnicas, e certamente a prefeitura tentará retomar a privatização daquela área hospitalar. Mas a suspensão do processo é uma vitória para os trabalhadores do hospital, que seriam deslocados caso se efetivasse a privatização da gestão, e para a população usuária da unidade de saúde.
A prefeitura pretende entregar a gestão e operação logística de fluxo de materiais médicos, de medicamentos, de consumo e permanentes, infraestrutura de armazenamento, informática, automação, mobiliário, mão de obra técnica e operacional especializada da farmácia a uma empresa privada.
Na luta contra o desmonte do serviço público
No dia 12 de fevereiro, data marcada para a realização da licitação da Farmácia, ou seja, da terceirização do serviço, foi realizado um ato contra a privatização da Saúde.
Na ocasião, o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Campinas (STMC) reafirmou ser contra a terceirização e a privatização por entender que essas medidas caminham no sentido de sucateamento e entrega dos bens públicos.
O fato é que os servidores municipais vem há tempos denunciando o descaso e a omissão do poder público com o Hospital Mário Gatti, que sofre déficit de funcionários e precárias condições de trabalho. Lembrando que, existem dois concursos públicos ainda vigentes que podem preencher as vagas abertas no hospital, mas o que falta é vontade política do governo municipal.
Assim como os servidores municipais, o STU também acredita que a terceirização não é a solução e, sim, a realização de concurso público e a valorização do servidor público.
A população de Campinas merece um serviço público gratuito e de qualidade, por isso, nos opomos a qualquer política de desmonte de bens públicos.
A diretoria do STU continuará acompanhando o processo e fortalecendo a luta contra as terceirizações que privatizam o direito à Saúde, transformando-o em mercadoria e prejudicando o acesso da população.