Atendendo a chamado do Fórum das Seis, a assembleia dos trabalhadores da Unicamp aprovou a paralisação na terça-feira e vai participar da manifestação de pressão sobre os deputados na Alesp, por mais recursos na Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO/2019.
As 10h30 do dia 14 vai acontecer uma audiência pública no auditório Franco Montoro, em que os reitores foram chamados a participar. É preciso denunciar e cobrar a falta de empenho dos reitores da USP, Unicamp e Unesp na luta por mais recursos. Ao invés de enfrentar a crise de financiamento que estão impondo as universidades, os reitores preferem arrochar salários, congelar carreiras, precarizar o trabalho e asfixiar as políticas de permanência estudantil. Aqui na Unicamp os trabalhadores sentiram isso na pele durante a longa greve que fizemos esse ano.
O que está em jogo na LDO
A LDO já deveria ter sido votada. Essa é uma votação que ocorre antes do recesso parlamentar do mês de julho. Ocorre que esse ano tem uma disputa no campo governista que levou a um racha na base do atual governador Marcio França (PSB), com a bancada do PSDB que tem como candidato a governador o João Dória, se recusando a votar a LDO.
O Fórum das Seis fez propostas de emendas ao projeto de LDO/2019 encaminhada à Alesp pelo governo do Estado, mas nenhuma das propostas do Fórum das Seis constam do relatório do deputado Edson Giriboni (PV), relator da matéria na Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento (CFOP), que tem se recusado a inserir no relatório qualquer emenda que contemple mais recursos para as universidades e o Centro Paula Souza. Pelo regimento da Alesp dia 13/08 é o prazo final para aprovar o relatório, se não ocorrer à votação do relatório a proposta original do governador irá para votação a partir do dia 14.
O Fórum das Seis entende que a mobilização da comunidade, exercendo pressão direta sobre os parlamentares, é única chance de conseguirmos avançar. Vamos aproveitar a fissura na base governista e chamar a atenção desses deputados para as nossas propostas de mais recursos, mostrando que a comunidade universitária paulista está unida e não votará nos deputados que se recusarem a assumir a sua parte na responsabilidade de preservar o sistema superior de ensino público paulista.
Pela retirada dos F-4 e punições
Quem não for para a Alesp deve fortalecer manifestação que ocorre na terça (14) às 10h em frente à reitoria para cobrar a imediata retirada dos F-4 e de todas as punições da greve. Além disso, reforçar nossa solidariedade com os estudantes punidos da greve de 2016, cobrando a retirada imediata de todas as punições.
Eleição do Conselho de Representantes
Na terça (14) também começa a eleição do Conselho de Representantes – CR do sindicato. Muitos dos candidatos, especificamente na área de saúde, são companheiras e companheiros que participaram ativamente do processo da greve. É muito importante a mobilização do sindicato nessaeleição para garantir a representatividade do Conselho e fortalecer o trabalho de base.