Mesmo com 30 dias de greve o reitor da Unicamp e presidente do Cruesp ignora a pauta dos trabalhadores técnico-administrativos, argumentando não ter local para negociar. No entanto, aceitou convite para reunião na sede da Adunicamp.
Na Funcamp, ocorreram também cinco reuniões com os estudantes e uma comissão indicada pela reitoria, mas sem nenhum avanço na pauta estudantil.
Não podemos esquecer que o segmento que mais votos deu a esta reitoria foram os técnico-administrativos, acreditando em seu plano de gestão. Dos 5.943 técnico-adminstrativos que votaram, 4.038 optaram por Tadeu confiando nas promessas de isonomia, nova carreira, reposição das perdas salariais, democratização da Universidade, diálogo e transparência.
Além das promessas não cumpridas, Tadeu ignora totalmente o principal segmento que o elegeu e arrocha os salários dos trabalhadores com o indice de 3% diante de uma inflação que chegou em 10% (pelo IPCA, comumente usado pelas universidades paulistas). Não passará desapercebido o total descaso com a pauta de negociação da categoria, que se lembrará disso nas eleições de sucessão da reitoria.
Tadeu tenta disputa a opinião pública na imprensa
A exemplo de alguns movimentos que surgem na Unicamp tentando desqualificar a greve dos trabalhadores e estudantes, a reitoria se utiliza da imprensa para fazer disputa de opinião pública. Por meio da contra-informação para passar uma imagem que os trabalhadores da Universidade não têm compromisso com a defesa de um serviço público de qualidade. Matérias que circulam na mídia, articuladas com a assessoria de imprensa da Unicamp, atacam o movimento deturpando os reais motivos da greve e escondendo o valor do salário do reitor mais bem pago do Brasil, que ultrapassa R$ 52 mil.
O papel dessa greve é também desmascarar o reitor e denunciar os salários ilegais, as duplas matrículas, o sucateamento da área de saúde e o desmonte da educação. A resposta a esta política é a intensificação da greve, em defesa da Universidade.