A gestão Fernando Costa se encerrou sem que a comunidade universitária tenha recebido qualquer resposta sobre as irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas do Estado. Entre elas, os supersalários pagos ao alto escalão universitário – incluindo o reitor que acaba de sair e o novo gestor -; a terceirização desmedida à Funcamp; licitações questionadas; contratação e efetivação de procuradores sem concurso público.
A diretoria do STU encaminhará ao Ministério Público Estadual o questionamento já formalizado pelo relatório da auditoria do TCE para que seja apurado o fato das procuradoras Fernanda Lavras Costallat Silvado, Luciana Alboccino Barbosa Catalano e Rosa Maria da Silva Bittar terem sido enquadradas na função de Procurador de Universidade Assistente em 2012. A função é de ocupação restrita a servidores concursados, de acordo com o artigo 37 da Constituição Federal.
A direção do sindicato questiona ainda as diversas dilatações dos contratos temporários das procuradoras (desde 2003), incluindo a prorrogação sem prazo efetuada em 2008 para substituição de procuradores cedidos pela Universidade a outros órgãos. No caso de Luciana, chama a atenção o fato de que o contrato dela foi prolongado pela terceira vez em 2008 enquanto durasse o afastamemto de Andrei Vinícius Gomes Narcizo, cedido à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) em 2005 e que permanece lá até hoje. O marido de Luciana – Marco Aurélio Barbosa Catalano – também é procurador da Fundação.
No caso de Fernanda, o sindicato questiona a relação de parentesco com a ex-diretora da Faculdade de Ciências Médicas, Lilian Tereza Lavras Costallat.