Não é de hoje que o STU vem lutando por uma Unicamp mais transparente. Isso porque o sindicato avalia como importante o cumprimento da lei de Acesso à Informação, em vigor desde 2012. Pois por meio desta legislação é que podemos cumprir com outra luta que também vem sendo mantida pela entidade que é, a do fim dos supersalários, ou seja, aquilo que ultrapassa o teto salarial estabelecido em lei.
Funcionários administrativos que ganham mais que o Governador Geraldo Alckimin, é um exemplo dos escândalos que envolvem essa questão. Não se trata de questionar se os servidores merecem tal quantia ou não, mas o que o STU quer é que o justo seja feito. Se existe uma lei que determina um teto, então, que ela seja aplicada.
Após uma determinação judicial, cobranças do STU e de órgãos de imprensa, a Universidade disponibilizou informações sobre os gastos com salários. Nela consta que mais de 700 servidores recebem acima do teto. Um dos exemplos é de um servidor que recebeu no mês de junho, o salário de R$ 60.349,17 – ou seja, quase o triplo do limite definido por lei. O nome do reitor aparece na lista inscrita em duas matrículas: numa delas recebe salário bruto de R$ 14.938,99. Em outra, o salário é de R$ 35.055,81. Há, ainda, diversos casos em que salários superam os R$ 30 mil e centenas acima dos R$ 20 mil por mês (Com informações do G1).
O STU não vai desistir de tornar de conhecimento de todos tudo que é feito dentro da Unicamp, por isso, é necessária a participação do servidor em cobrar essa transparência.