Paralisação já envolve trabalhadores de 39 universidades em todo o país
Iniciada no dia 17 de março, a greve dos técnico-administrativos em educação das universidades federais, organizada pela FASUBRA, tem se fortalecido a cada dia com as atividades desenvolvidas pelos comandos de greve e na realização de atos e assembleias. Muitos servidores têm saído às ruas para esclarecer a população sobre os motivos da paralisação, para mostrar que a luta da categoria não é só por melhorias salariais, mas também em defesa do serviço público, em especial dos hospitais universitários que vêm sendo sucateados.
As principais reivindicações são: aprimoramento da carreira; ascensão funcional; cumprimento integral do acordo da greve de 2012; turnos contínuos com jornada de trabalho de 30 horas sem redução salarial para manter a universidade aberta nos três turnos; revogação das ONs (Orientações Normativas) que tratam da contagem do tempo especial convertido em tempo comum (insalubridade, periculosidade, penosidade); construção e reestruturação das creches nas universidades para os filhos de trabalhadores, sem municipalização; não à perseguição e criminalização da luta.
Sobre muitos pontos, a categoria aguarda uma resposta do governo há quase 10 anos.
O Planalto segue demonstrando falta de vontade para dialogar com os trabalhadores, o que tem dificultado os avanços na negociação. A greve já dura quase dois meses e conta com a adesão de 39 sindicatos em todo o país.
A unidade dos servidores em educação é fundamental, já que nossa luta é a mesma. E para garantir um serviço de qualidade à população é preciso mais verbas, melhores salários e transparência orçamentária.
Marcha dos servidores técnico-administrativos das universidades federais,
em Brasília, reuniu cerca de 1.500 trabalhadores no último dia 6.