Nesta terça-feira (28), aconteceu a reunião das Coordenações de Políticas Sociais e Antirracistas e de Negros e Negras. A reunião contou com a presença de representantes do Coletivo de Negros/as da Unicamp, da assessora política do vereador Gustavo Petta (PCdoB), Márcia Quintanilha, e de trabalhadoras/es negras/os da Unicamp envolvidos na luta étnico-racial dentro e fora da Universidade.
Também esteve presente a vereadora de Campinas, Guida Calixto (PT), que contou sobre os ataques racistas e fascistas sofridos pelos mandatos de esquerda na Câmara Municipal de Campinas. Além da luta travada no parlamento para defender as pautas do movimento negro.
O encontro discutiu as cotas étnico-raciais nos vestibulares da Universidade, a defesa e a ampliação do trabalho da CADER (Comissão Assessora de Diversidade Étnico-Racial da Universidade) e o dimensionamento de trabalhadoras/es negras/os.
A reunião também debateu a importância da luta e resistência dos quilombos existentes em Campinas e região e o fortalecimento dos movimentos religiosos, especialmente os de matriz africana.
Os participantes expressaram preocupação com a falta de transparência na divulgação dos números que envolvem as/os trabalhadoras/es negras/os alocados/as dentro da Universidade.
Há 20 anos o STU questiona quantos funcionários/as negros/as existem dentro da Unicamp, onde estão alocados/as e quais as suas profissões.
É visível que houve um movimento forte e importante de inclusão de estudantes negros/as dentro da Universidade. No entanto, o quadro de trabalhadores/as negros/as tem diminuído ao longo dos anos. Sem contar que o número de funcionários/as negros/as em cargo de chefia é muito pequeno.
Diante desse quadro, a reunião apontou a necessidade do STU continuar atuando com firmeza para que as cotas étnico-raciais, tanto para estudantes quanto para funcionários, sejam cumpridas e ampliadas. Bem como, ampliar o diálogo junto à sociedade sobre o acesso à Universidade.
A retomada das atividades das coordenações foi avaliada pelos presentes como extremamente importante diante do crescimento dos ataques racistas e da violência contra a população negra que não para de crescer.
O próximo encontro está previsto para acontecer no dia 22 de julho.