Praça do Ciclo Básico: água parada, lixo e descaso

obra_CB_placa_Em dezembro de 2012 a reitoria inaugurou a primeira etapa das obras de revitalização da praça e arredores do Ciclo Básico.

A implantação de um moderno projeto paisagístico buscava estimular o convívio e a integração sociocultural da comunidade universitária com a população do entorno. À época a obra de requalificação da Praça do Ciclo Básico e arredores já foi entregue com vários problemas de estrutura.

Ignorando todos os problemas iniciais uma matéria publicada pelo site da universidade afirmava que “as intervenções e melhorias propostas objetivam, justamente, fazer com que o espaço deixe de ser usado somente como ponto de passagem. O propósito é que ele reassuma sua característica original, que é a de servir como ambiente de vivência não apenas para a comunidade acadêmica como também para visitantes e moradores da região”.

O problema é que esse objetivo não se concluiu, visto que o espaço encontra-se descuidado, servindo exatamente para passagem de pedestres. Além disso, a praça fica muitas vezes deserta, pois sua cobertura estreita pouco protege as pessoas do sol ou da chuva.

Parece que a grandiosa arquitetura, que custou R$ 4,5 milhões aos cofres da Unicamp, não cumpre sua finalidade tornando-se mais uma obra cuja verba foi mal aproveitada prevalecendo a inversão de valores que patrocina o gasto com obras ao invés de investir na valorização do pessoal.

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Maquete do projeto de requalificação da Praça do Ciclo Básico

“Gastos exorbitantes com obras desnecessárias são uma grande característica das reitorias da Unicamp, ano após ano, gestão após gestão, vemos a mesma realidade. A política de embelezar o campus com obras superfaturadas e verba pública mal gasta em detrimento da valorização do quadro funcional e políticas de permanência estudantil reforçam a deterioração estrutural da Unicamp. Enquanto a reitoria diz não ter verba para isonomia salarial, avaliação de carreira e permanência estudantil vemos diversas obras inacabadas e outras tantas já degradadas. O recurso da Unicamp ao invés de ser investido na comunidade universitária é, como de costume, jogado no lixo via bolsos das empreiteiras”, afirma a diretoria do STU, Marina Rebelo.

 

Degradação

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O espelho d’água está repleto de lodo e sujeira

Apenas dois anos se passaram e a praça já apresenta sinais de pichação, o piso está com rachadura e o espelho d’água está com acúmulo de água parada, lodo e lixo. Sem contar o mato alto e os insetos de várias espécies que atacam os transeuntes.

É sabido que com a temporada de chuvas o alerta contra a dengue torna-se preocupante, pois a disseminação da doença acontece principalmente no verão, quando há maior incidência de chuvas resultando em água parada. Somado a isso, tem o levantamento do Ministério da Saúde que, no ano passado, apontou Campinas como a principal cidade do estado com maior risco para surto de dengue.

Todos esses problemas já são mais que suficientes para que a Unicamp tome providências urgentes para tornar a praça habitável e segura, visto que o projeto de revitalização da praça não previu essas complicações.

Para os funcionários que trabalham e também transitam pelo Ciclo Básico o abandono da praça é lamentável e as principais preocupações são com o foco de dengue e a degradação do patrimônio recém-reformado.

Mais uma vez, o STU cobra providências da reitoria, principalmente pelo risco à saúde dos funcionários e estudantes que frequentam o local, já que com a proximidade da volta às aulas a circulação de pessoas aumentará.

 

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