“A greve vai pra rua. Reitor, a culpa é sua!”. Com palavras de ordem duras os estudantes e os trabalhadores fizeram um protesto no “tapetão” da Bambini contra os cortes de verbas na Unicamp e a reposição salarial.
Durante o ato, os manifestantes distribuíram uma Carta Aberta que apresentava as reivindicações do movimento. A intenção foi de conscientizar a sociedade em relação à greve unificada na Unicamp e, especialmente, sobre o cenário caótico que se encontra as Universidades Estaduais Paulistas.
Os trabalhadores estão muito insatisfeitos com a postura do reitor Tadeu, presidente do Cruesp, de não reabrir a negociação da data-base. Tanto que, para um dos manifestantes “a questão agora é de subsistência porque 3% de reajuste não garante o que comer”.
Neste período de mais de 30 dias de greve várias manifestações já foram realizadas. A cada dia que passa a indignação dos trabalhadores aumenta e o movimento grevista se fortalece diante da intransigência do reitor Tadeu.
“Já imaginou o banheiro de uma universidade sem papel higiênico, a sala de aula sem giz, o estudante na moradia sem cama para dormir, o negro que não pode entrar na faculdade e a área de saúde sem equipamentos médicos adequados? É exatamente o que está acontecendo na Unicamp. E para completar, o reitor corta as verbas e trata com descaso os trabalhadores”, desabafa um estudante.
A “greve na rua” é um instrumento importante de luta da categoria. Além disso, precisamos mobilizar a sociedade a nosso favor porque nossas reivindicações são justas e motivadas pela preocupação com a qualidade do serviço público oferecido à população e com as condições de trabalho.