Rodrigo Cruz
Cerca de duzentas pessoas participaram do ato em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Trabalhadora no último sábado (9), em frente à Catedral Metropolitana de Campinas. Com faixas, bandeiras e pinturas nos corpos, as mulheres campineiras relembraram os recentes casos de violência na cidade, entre eles o assassinato da adolescente Bianca Lara, os trotes machistas nas universidades e a precarização das condições de trabalho em todos os setores da economia.
As manifestantes também cobraram das autoridades municipais e estaduais a instalação de novas delegacias de atendimento à mulher em Campinas, com atendimento em tempo integral, e criticaram o Governo Federal pelos consecutivos cortes no orçamento da União (2001 e 2012) que prejudicaram o repasse de verbas para os programas sociais voltados para as mulheres em situação de violência.
O STU esteve presente mais uma vez, representado pelas integrantes do Departamento de Mulheres, diretores e funcionários da categoria. Durante sua intervenção em nome do sindicato, a diretora Patrícia Rocha Lemos (IFCH) deu atenção especial ao tema da precarização do trabalho na universidade brasileira e destacou que na Unicamp, assim como nas demais Universidades, essa dura realidade tem gênero e cor bem definidos.
“A maioria dos postos de trabalho terceirizados é ocupado por mulheres negras, que ganham um salário de miséria, estão mais suscetíveis ao assédio moral e não possuem nenhuma estabilidade. Isso quer dizer que a luta contra a privatização do ensino público é, sobretudo, uma luta das mulheres”, afirmou Patrícia.
O ato seguiu em caminhada pelas principais ruas do centro de Campinas e buscou chamar a atenção dos transeuntes sobre diversos temas relacionados à luta feminista na atualidade, como o combate à homofobia, à lesbofobia e à transfobia, a legalização do aborto e a presença da bancada religiosa na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.
Veja um álbum de fotos completo do ato no Facebook do STU