Na manhã desta terça-feira (12) o movimento grevista realizou um trabalho de conscientização da população atendida no Caism em relação à paralisação dos profissionais da saúde e sobre o caos que se instaurou na educação e na saúde públicas de São Paulo.
Os trabalhadores e estudantes se concentraram em frente ao Caism para entregar panfletos mostrando o cenário caótico que se encontra a Unicamp, em especial o complexo hospitalar da Unicamp.
O panfleto entregue à população denominado “Carta da Área de Saúde à População” relata a motivação da greve dos trabalhadores da Unicamp e pede a compreensão e o apoio da sociedade campineira no que diz respeito às reivindicações de melhorias da saúde, da educação e das condições de trabalho, além da cobrança de um reajuste salarial que reponha a inflação acumulada.
Os trabalhadores explicaram que por falta de manutenção ou aquisição de equipamentos médicos, milhares de pessoas são atendidas de forma precária no complexo hospital da Unicamp e outras tantas esperam na fila por um atendimento médico, além disso, muitos funcionários atendem em locais sem a mínima condição de funcionamento. Por isso, nossa luta é contra os cortes de verbas e as iniciativas de privatização do SUS que, consequentemente, afetam a qualidade do serviço prestado.
Durante a mobilização o movimento grevista dialogou também com os funcionários que ainda não aderiram à paralisação, para ouvir suas demandas e solicitar apoio à luta que é de todos.
Manifestação no Congresso de Leitura do Brasil
Ainda pela manhã o movimento grevista fez um ato em frente ao Centro de Convenções enquanto ocorria o COLE (Congresso de Leitura do Brasil).
Numa demonstração de apoio e unidade na luta, os trabalhadores e estudantes grevistas foram recebidos com palmas pela recepção e a plateia do evento. A mesa coordenadora cedeu espaço para o movimento se posicionar e explicar aos congressistas as demandas reivindicadas pela categoria.
Após a intervenção, ao som de muita música com palavras de ordens da greve e carregando faixas com dizeres que cobram o fim dos cortes de verbas e do arrocho salarial, os manifestantes percorreram em passeata as ruas do campus em direção ao CB (Ciclo Básico).
As duas atividades foram realizadas de forma pacífica e contaram com a compreensão da população. Isso demonstra que nossa greve é justa e que, daqui pra frente, nosso movimento só tende a crescer.