Na assembleia de quinta-feira passada (19) foi aprovada a Moção pela retirada das punições contra Adriana Cristina de Toledo Stella e anulação da Sindicância.

Vale ressaltar que Adriana e diretora do STU eleita pela categoria no ano passado para o triênio 2014/2017.

Confira abaixo o documento na íntegra:

Moção pela retirada das punições à Adriana Stella e anulação da Sindicância

A Assembleia Geral dos Trabalhadores da Unicamp vem manifestar irrestrito apoio e solidariedade à funcionária da Unicamp e diretora do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), Adriana Cristina de Toledo Stella, vítima de assédio moral em seu local de trabalho e de sindicância que sugere sua punição por não se calar e denunciar seu chefe assediador.

Adriana Stella sofreu assédio moral por seu chefe que repetida e sistematicamente a hostilizou, ridicularizou, inferiorizou, e culpabilizou por sua gravidez e sua atuação sindical junto à categoria.

Em pleno mês de março, quando se discute a situação das mulheres trabalhadoras com mais ênfase e em que a Universidade constitui a semana da mulher com o tema “Afinal o que querem as mulheres?”, a Assembleia Geral dos Trabalhadores da Unicamp responde: as mulheres querem romper com o “pacto de tolerância e silêncio” e denunciar o assédio moral que degrada as condições de trabalho, desestabiliza e fragiliza suas vítimas.

A sindicância concluiu que não houve assédio moral porque Adriana Stella estava grávida e que na gravidez a mulher passa por alterações hormonais, ficando mais sensível. Em seguida, sugeriu suspendê-la por três dias por considerar que ela faltou com a urbanidade ao denunciar publicamente o assédio moral praticado por seu chefe, sendo isso uma falta grave.

A Assembleia Geral dos Trabalhadores da Unicamp considera grave o machismo institucionalizado e a tentativa de punição exemplar de uma trabalhadora que ousou não se calar frente à opressão à mulher! Por isso, exige a imediata retirada das punições e anulação da Sindicância.

Assembleia Geral dos Trabalhadores da Unicamp

Campinas, 19 de março de 2015.