Marcelo Knobel anuncia corte de ponto para tentar acabar com a greve

Marcelo Knobel anuncia corte de ponto para tentar acabar com a greve

  • Em nota, Reitoria tenta emplacar com números duvidosos discurso de que não há recursos para atender à pauta específica, mas “esquece” de falar quanto vai custar o aumento do teto.
  • Ameaça de corte de ponto tenta intimidar trabalhadores, e a orientação é que categoria permaneça mobilizada para derrotar estratégia desleal na mesa de negociação. Todos à Assembleia próxima segunda (25), 9h, na Praça da Paz!

O REItor Marcelo Knobel, que adora falar em democracia, mostra suas garras e anuncia corte de ponto para tentar acabar com a greve dos trabalhadores da Unicamp, que já se estende há mais de um mês por absoluta falta de vontade política da Reitoria de avançar na negociação da pauta de reivindicações. O corte de ponto é uma das mais desonestas estratégias de combate à livre organização dos trabalhadores, uma punição que afronta o direito constitucional de greve, e que será certamente questionada pelo STU e seu departamento jurídico na mesa de negociação.

A legitimidade da luta dos trabalhadores da Unicamp já foi reconhecida e garantida pela justiça nas diversas tentativas da Reitoria de constranger os trabalhadores em greve. Diante da adesão crescente dos servidores da Área da Saúde e da DEdIC, e também dos demais campi e institutos, a Reitoria tenta encuralar os trabalhadores que dependem de seus salários para sobreviver, tirando, além do nosso poder de compra, nosso direito de protestar contra as injustiças que acontecem na Unicamp! Estamos lutando não somente pela correção dos salários, há mais de 3 anos sem reposição da inflação, mas também por melhores condições de trabalho, pela abertura de concursos públicos para enfrentar a sobrecarga de trabalho e o enxugamento do quadro, e por mais investimentos na saúde e educação públicas!

Enquanto a Reitoria age de forma autoritária e começa a punir os trabalhadores em greve, esquece de apresentar à comunidade acadêmica e à sociedade qual será o impacto do aumento do teto salarial no orçamento. Queremos resposta à pergunta central neste momento: se tem dinheiro para o aumento dos supersalários, porque não tem dinheiro para quem está no piso? Chega de privilégios!

Todas as áreas do serviço público necessitam de bons profissionais, mas o único segmento considerado merecedor de reconhecimento pela dupla Marcelo e Teresa é o dos que ganham acima do teto. A eles já foi concedido um aumento de 3,5% em fevereiro, sem qualquer debate ou votação no Conselho Universitário. E enquanto a reitoria manobra para pagar salários de mais de R$ 70 mil a uma pequena casta de privilegiados, a maioria dos funcionários tem que se contentar – preferencialmente calada – com as migalhas que estão a nos oferecer.

Estudantes e trabalhadores não podem continuar pagando essa conta! A população que depende dos hospitais públicos e da educação pública não pode continuar invisível à sensibilidade daqueles que só têm olhos para os de cima, e seguem perpetuando, dentro das nossas universidades, a desigualdade que massacra a população brasileira.

Nossa categoria vem mostrando que tem força e legitimidade para manter essa luta! Não se deixe intimidar pelas ameaças da Reitoria – juntos, somos mais fortes e iremos derrubar todas as punições! Todos à Assembleia desta segunda (25), às 9 horas, na Praça da Paz, para darmos nosso recado: REItor a culpa é sua! A greve continua!

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