Luta contra o aumento da passagem leva milhares às ruas de todo o Brasil

Foto: DCE Livre da USP

Luciana Araújo e Rodrigo Cruz

Os protestos pela redução das tarifas de transporte coletivo têm levado milhares de pessoas às ruas das capitais brasileiras desde o início deste mês. As manifestações ganharam repercussão internacional depois que a PM de São Paulo reprimiu violentamente os atos realizados na terça (11) e quinta-feira (13), além de agredir e prender transeuntes e pro­fissionais de imprensa.

A população também foi às ruas no Rio de Janeiro, Porto Alegre, Maceió, Goiânia e Natal, chamando a atenção das autoridades para a situação insustentável do modelo de transporte coletivo baseado em concessões à iniciativa privada e privilégio ao modal rodoviário.

Poucos ganham e a população sofre

Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 35% da população brasileira que vive nas áreas urbanas são excluídos do direito de ir e vir por não poder incluir a despesa do transporte no orçamento familiar. O IBGE relata ainda que nos últimos anos o transporte se tornou o terceiro maior gasto da família brasileira. Isso signi­fica que a cada aumento mais famílias são privadas de direitos fundamentais como o acesso ao emprego, saúde, educação e cultura. Os dois órgãos são vinculados à União.

Por isso, os movimentos sociais que lutam pelo direito à vida digna nas cidades reivindicam o fim das concessões que entregam o serviço de transporte nas mãos da iniciativa privada. Esse modelo vem crescendo sob as suspeitas de que muitas vezes empresas que ­ financiam campanhas eleitorais são as principais bene­ficiárias das concessões. Os manifestantes também defendem a criação de um imposto progressivo sobre os pagamentos de royalties e transações ­financeiras internacionais que permitam zerar as tarifas.

Campinas também vai às ruas nesta quinta-feira (20)!

Em Campinas, cidade que tem a tarifa mais cara do país (R$ 3,30), uma manifestação foi convocada para esta quinta-feira (20) no Largo do Rosário, a partir das 17h.

Em dezembro passado, quando o ex-prefeito Pedro Sera­fim (PDT) fixou o último reajuste, a Frente de Entidades e Movimentos Sociais Contra o Aumento da Passagem de Campinas elaborou um abaixo-assinado contra o aumento. Mais de 10 mil moradores da cidade subscreveram o documento, entregue ao presidente da Câmara Municipal, Campos Filho (DEM), no dia 20 de fevereiro deste ano. Até hoje, nenhuma resposta foi dada à população.

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1 comentário até agora

JuniorPostado em11:05 am - jun 19, 2013

Passou da hora…..de funcionários e alunos da Unicamp fazer uma grande manifestação dentro da Unicamp, contra os SUPER-SALÁRIOS, isso foi mostrado para a mídia Nacional, e a população da Unicamp não se manifestou…..

Isso seria uma grande pressão para a reitoria acertar a situação da ISONOMIA….

Fazer uma grande manifestação na Unicamp, e mostrar a indignação para todo o país, e expor muitos “medalhões” que estão tendo “vida fácil” dentro da Universidade…..

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