Funcamp e reitoria da Unicamp dão a Campanha Salarial por encerrada, mas trabalhadores seguem na luta!
Texto: Rodrigo Cruz
Foto: Fernanda de Freitas
Os trabalhadores da Funcamp participam hoje, a partir das 12h, de uma assembleia convocada pelo STU para discutir os próximos passos da luta da categoria. O encontro acontece no anfiteatro do Hospital de Clínicas (HC), localizado no terceiro piso.
Estarão em pauta temas como a avaliação do acordo coletivo assinado entre o SEAAC e a Funcamp no último dia 29/08, a construção da luta pela habituidade do vale-refeição e a eleição de uma comissão de trabalhadores que reunirá em breve com a diretoria executiva da Fundação para discutir temas referentes às condições de trabalho na Universidade. Divulgue a assembleia na sua unidade e participe!
Outra vez, “acordo” é aprovado sem discussão com a categoria
Mais uma vez, o SEAAC aprovou o acordo coletivo dos trabalhadores da Funcamp sem transparência sobre o processo de negociação com a Fundação.
O novo acordo, retroativo a 1º de agosto, prevê 7% de reajuste salarial (o piso terá elevação de 10,14%), aumento do vale-alimentação de R$ 75,00 para R$ 150,00 e vale-refeição unitário de R$ 15,00. Somados, os dois benefícios alimentares, num mês com 22 dias trabalhados, perfazem um total de cerca de R$ 450, valor muito inferior aos R$ 720,00 de auxílio alimentação pago de forma habitual aos contratados diretamente pela Unicamp.
Os R$ 450,00, além disso, só valem para quem receber o vale “cheio” (poderá haver descontos reduzindo esse valor).
Reitoria se recusa a prosseguir com debate sobre a Funcamp
A diretoria do STU e uma comissão de trabalhadores estiveram no último dia 28/08 com o vice-reitor da Unicamp e presidente do conselho curador da Fundação, prof. Álvaro Crosta, e o chefe de gabinete da reitoria, prof. Paulo César Montagner. A reitoria alegou que os pontos de pauta apresentados (habituidade do vale-refeição, estabilidade no emprego, representatividade nos órgãos colegiados e adoção do calendário oficial da Universidade) são de responsabilidade da Funcamp e deu por encerrado o ciclo de reuniões com o STU sobre o tema. Segundo Crosta, a Unicamp não seria competente para negociar nada sobre a Funcamp e o STU não representa legalmente esses trabalhadores.
Antes do encerramento das discussões, o sindicato propôs o estabelecimento de uma comissão permanente de trabalhadores para reunir com a diretoria executiva da Funcamp, o que foi acatado. Agora, o STU cobra o agendamento da reunião com a Fundação.