Após a reunião com o Cruesp, no último dia 14 de maio, o Fórum das Seis indicou a realização de nova rodada de assembleias até o dia 22 para discutir uma contraproposta a ser levada aos reitores no dia 25 de maio (quando acontece a próxima rodada de negociações). O Fórum aponta ainda a possibilidade de iniciar uma nova greve unificada a partir do dia 1º de junho.
As entidades avaliaram que a proposta apresentada pelo Cruesp, de reajuste salarial em duas parcelas (4% em maio e 3,09% em outubro, aplicados ao 13º salário) não atende às reivindicações das categorias. A inflação aferida pelo Dieese é de 8,4% e os trabalhadores reivindicam ao menos 3% a título de reposição das perdas. O índice do Cruesp totaliza apenas 7,21% de recomposição salarial.
Os valores seriam integrados efetivamente aos salários nos contracheques de junho e novembro.
Além disso, a coordenação do Fórum reforça a importância de não descolar a questão salarial dos ataques à educação na atual conjuntura, em especial o projeto de lei do governador Geraldo Alckmin (PSDB) para a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2016. Alckmin quer alterar o repasse do ICMS-QPE para as universidades estaduais paulistas, indicando que este seja de “no máximo” 9,57%, índice que hoje é o mínimo que o Estado tem de investir na educação superior.
Os reitores informaram que vão defender um repasse de no mínimo 9,907% do total do produto da arrecadação do ICMS às instituições.
Em relação a este assunto, o Fórum enviou no dia 15 de maio documento aos deputados estaduais sobre a expansão das universidades estaduais, a necessidade de ampliar o financiamento e itens que deveriam estar na base de cálculo dos repasses.
Para intensificar a mobilização contra o desmonte das universidades e o arrocho salarial foi aprovada ainda a construção de um ato conjunto na Alesp, ainda sem data definida.
GTs sobre isonomia e aposentadoria
O Fórum das Seis voltou a cobrar a equiparação dos pisos salariais das três universidades. No último dia 15 foi enviado ofício ao Cruesp informando os nomes dos representantes das entidades para formação e instalação dos grupos de trabalho “Isonomia entre as três universidades” e “SPPREV/Aposentadoria/SPPrevcom”. Os GTs foram parte do acordo de encerramento da greve de 2014.
Representando a diretoria do STU foram indicados os diretores Marcílio Ventura e Diego Assis.
Plenária de mobilização referenda indicativo de greve proposto pelo Fórum das Seis
A assembleia desta terça-feira, dia 19/5, discutirá a greve, caso não haja uma proposta de isonomia que contemple os trabalhadores. Considerando, no entanto, importante o calendário do Fórum das Seis, que aponta para a unidade de professores, funcionários e estudantes na defesa da universidade pública.
Os trabalhadores da Unicamp acreditam ser importante a realização pelo Fórum das Seis de uma nova paralisação e ato unificado no dia 25 de maio, por ocasião da terceira rodada de negociação.
A plenária avaliou como um grande retrocesso a postura do reitor da USP, que levará ao Conselho Universitário daquela Universidade no dia 19 a proposta de reajuste apresentada pelo Cruesp, sem que tenham sido encerradas as negociações, uma vez que há nova reunião marcada para dia 25 de maio.
Os trabalhadores concordaram em manter a luta pelo reajuste salarial como centro da mobilização unificada e, na Unicamp, seguir cobrando a isonomia. Isso não implica em deixar de lado a pauta da LDO, que garante, de fato, que a universidade tenha autonomia e financiamento.
Em relação ao reajuste, os trabalhadores indicaram que o Fórum apresente uma contraproposta que contemple os 8,4% (Dieese) em maio mais 3% para repor as perdas salariais em setembro (com impactos nos contracheques de junho e outubro).
A plenária indicou à diretoria do STU que realize a assembleia geral às 13h30, por conta da reunião com o reitor marcada para as 10 horas.