Aconteceu nesta segunda-feira mais uma reunião entre a coordenação do Fórum das Seis e a Comissão Técnica do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp). Não houve novidades em relação às projeções apresentadas na reunião passada.
Retomar a luta pela isonomia, reposição das perdas e GTs
Diante da corrosão dos salários pela inflação e do parcelamento do reajuste deste ano, a diretoria do STU reafirma a necessidade de continuar a discussão da Pauta Unificada para avançar nas reivindicações na próxima reunião com o Conselho de Reitores, marcada para 7/10 (quarta-feira). Neste dia deve ser construída uma mobilização para pressionar o Cruesp.
Em reunião de negociação da campanha salarial unificada deste ano, em 25/5, os reitores se comprometeram a retomar o diálogo com o Fórum das Seis em setembro, para avaliar a arrecadação do ICMS, a situação orçamentária das Universidades e “possíveis compensações” relativas ao período maio/outubro.
Na campanha salarial, as categorias reivindicavam reajustar os salários em 8,35% (ICV-Dieese) mais 3% a título de reposição parcial de perdas históricas. Com a mobilização e após diversas reuniões, o reajuste conquistado foi de 7,21% em duas parcelas (4% em maio, incorporados no salário de junho, e 3,09% em outubro, a serem incorporados no pagamento que cai na conta no início de novembro).
O sindicato cobra a garantia da retroatividade da parcela de 3,09% a maio deste ano. As entidades não aceitarão arrocho salarial, já que se não tiver o pagamento do retroativo sequer a reposição da inflação nesse ano será garantida. Na Unicamp, o STU aguarda ainda a continuidade da negociação da pauta específica e da isonomia (para a qual está prevista uma referência caso a arrecadação estadual atinja os R$ 92,2 bi).
Esta reunião com os reitores deve discutir a evolução orçamentária na educação superior paulista, a possibilidade de avanço na negociação dos pontos da pauta de reivindicações unificada que não foram atendidos durante a campanha salarial e o funcionamento dos grupos de trabalho (GTs) sobre a retomada da isonomia, SPPREV/questões previdenciárias e permanência estudantil.
As entidades do Fórúm, que se reúnem na manhã do dia 7, seguirão cobrando também que os reitores se empenhem no aumento do financiamento da educação superior paulista e para garantir que o repasse às universidades seja feito respeitando integralmente a legislação, não descontando verbas como Habitação e outras rubricas do montante de cálculo.