29 de abril foi um dia de luto para todos os que lutam pela educação e os direitos dos trabalhadores. O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), e seu secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini, promoveram um massacre contra os professores e servidores que protestavam em frente à Assembleia Legislativa do Estado (Alep) contra a reforma da previdência dos funcionários públicos e o uso do dinheiro dos trabalhadores para cobrir o rombo nos cofres promovido pelo governo.
Numa atitude equiparável às práticas da ditadura militar, os manifestantes foram atacados pela Tropa de Choque com spray de pimenta, jatos d’água, gás lacrimogênio e cachorros. Bombas foram lançadas por helicópteros, colocando em risco a segurança e a vida das pessoas presentes ao ato e de crianças atendidas por uma creche na vizinhança da Alep. Mais de 170 pessoas ficaram feridas. Há denúncias ainda de policiais que teriam teriam sido presos e ameaçados de exoneração por se recusarem a agredir os professores, o que o governo nega.
Quem sofre com esse descaso com os trabalhadores grevistas e com a violência praticada no Paraná é toda a população que precisa e luta por uma educação pública de qualidade.
O STU se soma às centenas de entidades e organizações que manifestam repúdio ao governo tucano e reivindicam a responsabilização dos culpados. Fora Beto Richa!
Em São Paulo o governador tucano Geraldo Alckmin também tem infligido um enorme desrespeito à greve dos professores do estado. Os professores já completam mais de 50 dias de greve e o governo se recusa a negociar qualquer ponto reivindicado pelos trabalhadores, como reajuste salarial, salas com menos alunos e melhores condições de trabalho. Alckmin chegou inclusive a afirmar que não existe a greve da categoria, e professores tiveram seus salários cortados.