Semana passada, a diretoria do STU recebeu na reunião online a presidente da Comissão Assessora da Política de Combate à Violência e à Discriminação baseada em Gênero e/ou Sexualidade da Unicamp, Profa. Dra. Ana Maria Fonseca de Almeida, e a Assistente Social do Serviço de Atenção à Violência Sexual da Unicamp, Camila Ferreira.
Foram explicados os conceitos básicos que orientam a política de combate à violência e a discriminação baseada em Gênero e/ou sexualidade, como ocorre o acolhimento das queixas e quais as providências possíveis no âmbito da Universidade.
Sobre a violência sexual
Uma pesquisa feita pelo Instituto Patrícia Galvão denúncia a gravidade da violência sexual baseada em sexo e gênero quando revela que 76% das mulheres já foram vítimas de violência no ambiente de trabalho. E que quatro em cada dez mulheres foram alvo de xingamentos, insinuações sexuais ou receberam convites de colegas homens para sair.
De acordo com a professora Ana Maria, a violência sexual envolve desde casos de agressão física até de assédio sexual, incluindo ainda o assédio cibernético dirigido à sexualidade da pessoa, à sua identidade ou expressão de gênero, de natureza física ou psicológica, que tenha sido cometido, ameaçado ou tentado contra uma pessoa sem o consentimento dessa pessoa.
Após a criação do SAVS (Serviço de Atenção à Violência Sexual), no final de 2019, todos os casos que envolvem violência sexual recebem um encaminhamento centralizado.
Ao longo desse tempo o serviço tem buscado aprimorar normas e protocolos e ampliar a educação e conscientização voltadas a funcionários, professores e estudantes.
Não se cale
O STU defende que é responsabilidade da Unicamp garantir condições de trabalho e de estudo seguros e isso passa por uma formação de chefias mais humanizadas, segurança especializada própria nos campi, uma política de acolhimento e apuração séria, entre outras medidas.
O Sindicato sempre ofereceu acolhimento sigiloso e assessoria jurídica nesses casos.
Acreditamos que a implantação do SAVS é importante e fortalece nossa luta contra todas as formas de assédio e opressão nos campi. Por isso, apoiamos a iniciativa e nos colocamos como parceiros no acolhimento, apuração e averiguação das denúncias recebidas por toda a comunidade, incluindo terceirizados.
Para informações ou fazer uma queixa procure o SAV pelo [email protected] ou (19) 3521-7924.