Reitor “do diálogo”, José Tadeu Jorge sequer apareceu na reunião.
Na rodada de negociação do Fórum das Seis com os reitores ocorrida ontem (30) apenas o dirigente da Unesp, Julio Cezar Durigan, esteve presente. A Unicamp e a USP só mandaram representantes. A intransigência em relação aos 3% de reajuste se manteve, e Durigan ainda afirmou que na Unesp esse percentual só será incorporado aos salários quando for “possível” para a instituição.
As ausências de José Tadeu Jorge e Marco Antônio Zago (reitor da USP) e a manutenção do não reajuste foram considerados um desrespeito pelas categorias. Os outros pontos da Pauta Unificada de Reivindicações dos estudantes, professores e técnico-administrativos continuam sem discussão.
Além da quebra da isonomia nos pisos, ocorrida em 2011, a fala do reitor da Unesp mostra disposição em quebrar também a isonomia no conjunto dos vencimentos.
Ontem, caravanas de todo o Estado se encontraram no Masp e foram em passeata até a sede do Cruesp, reafirmando a unidade na luta de trabalhadores e estudantes. Durante o ato, a postura dos reitores foi denunciada à sociedade paulista.
Greve cresce em todas as universidades
A greve dos técnico-administrativos vem se fortalecendo na Unicamp, USP e Unesp. Segundo a direção do Sintunesp, já é possível afirmar que há paralisação em pelo menos 50% das unidades daquela Universidade. Ontem se realizou mais uma rodada de assembleias, das quais ainda não havia informes até a conclusão deste Boletim do STU. Mas diante da postura do reitor Duringan a tendência é de intensificação do movimento.
Na USP, a greve docente teve início ontem, reforçando a luta iniciada no dia 12. Hoje às 16 horas acontece nova assembleia geral dos professores uspianos para avaliar a reunião com o Cruesp. Os professores da Unicamp realizaram paralisação na semana passada e seguem paralisados até esta quarta-feira (1º), quando realizam assembleia. Os estudantes continuam mobilizados e em greve.