O fato ocorreu em setembro, durante nossa greve, e teve repercussão nas redes sociais, onde o docente acusou publicamente os trabalhadores do Centro Cirúrgico de má vontade e de praticarem atos que impediriam e prejudicariam o funcionamento do serviço.
É sabido que o Centro Cirúrgico foi uma das unidades que teve grande adesão à greve provocando repercussão na mídia e desentendimento com a chefia que a todo custo tentou intimidar e impedir o direito de greve dos funcionários.
Segundo relatos, o docente em questão agrediu verbalmente os funcionários do local, proferindo palavras de baixo calão e, também, fisicamente empurrando o diretor Clínico do Centro Cirúrgico.
O STU desaprova a conduta do professor Paulo Palma por entender que o assédio moral é uma prática abusiva que fere a dignidade humana e coloca o funcionário em situação humilhante e constrangedora prejudicando o ambiente de trabalho.
O Sindicato cobrou medidas administrativas de vários órgãos da Unicamp – Ouvidoria e Superintendência do HC, DGRH e reitoria –, mas não obteve resposta plausível. Sendo assim, decidiu protocolar denúncia no Conselho Regional de Medicina por entender que os fatos narrados são de altíssima gravidade, ferem o direito de greve e devem ser combatidos veementemente.
Reitorias buscam criminalizar o movimento grevista
Durante nossa greve a administração do HC tentou constranger os trabalhadores ao acionar o Judiciário contra o movimento sob falso argumento de que unidades no HC haviam sido fechadas. A medida garantiu à Universidade uma liminar que impôs ao sindicato uma multa de R$ 500 mil. A tentativa de judicialização da paralisação é uma demonstração evidente da intransigência e desrespeito do reitor da Unicamp ao direito de greve dos trabalhadores.
Na USP não foi diferente! O reitor levou a greve à Justiça sob alegação de impedimento do funcionamento do Hospital Universitário (HU). E a partir da análise do Ministério Público o movimento grevista foi declarado legal.
A diretoria do STU reafirma que nunca houve qualquer obstrução à circulação de pessoas ou de espaços físicos no HC, nem impedimento de qualquer procedimento nas dependências do Centro Cirúrgico Geral e Ambulatorial do HC – a não ser por parte da Universidade, que colocou seguranças na entrada do setor para bloquear o acesso de dirigentes do sindicato.
Abaixo seguem os documentos com o relato dos fatos e a resposta do CREMESP.
Leia o teor da denúncia:
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Resposta do CREMESP:
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