O filme “A classe operária vai ao paraíso” será exibido nesta quarta-feira (8) às 19h, no Museu da Imagem e do Som de Campinas (MIS), localizado na Rua Regente Feijó, nº 859, Centro.
O magnífico filme do diretor Elio Petri, ganhador da Palma de Ouro de Cannes em 1972 é uma das obras cinematográficas que melhor retrata o processo de alienação do trabalhador no sistema fabril fordista e taylorista. Reflete a ebulição do movimento operário na Itália do início dos anos 1970, como afirma Sérgio Prieb: “Esse é talvez o mais representativo dos filmes políticos italianos dos anos 1970.
O engajamento passa pelo próprio diretor, militante por muitos anos do PCI, mesmo depois de sair do Partido, continuou colaborando na seção de cinema do jornal comunista, o L’Unitá. O ator principal, Gian Maria Volonté, por toda a vida foi militante do PCI, sendo protagonista de inúmeros filmes políticos italianos entre os anos 1960 e 1980.
O filme conta a história de Lulu, um operário disciplinado, cumpridor das metas de produção estabelecidas pela empresa e, por isso, admirado por seus chefes. Tal fato o incompatibiliza com os demais trabalhadores. Um dia o Sindicato convoca uma greve contra o aumento do ritmo da produção e os baixos salários. Lulu decide não se envolver com o movimento até sofrer um acidente que lhe custa um dedo. Com o descaso de seus patrões, ele decide, sem muita consciência, participar de um grupo político de esquerda e mais radical, dirigido por estudantes.
Outro destaque do filme é a belíssima trilha sonora de Ênio Morricone.
Informações do Filme
- Comentadora: Stela Godoy, professora do Curso de Ciências Sociais da PUC-Campinas.
- Direção: Elio Petri.
- Elenco: Gian Maria Volonté, Mariângela Melato, Salvo Randone.
- Música: Ênio Morricone
- Ano: 1971
- Duração: 2h05
- Nacionalidade: Italiano (legendado)
- Promoção: Cineclube Outubro.
- Parcerias: Fundação Maurício Grabois (FMG); Sindicato dos Professores de Campinas e Região (Sinpro); Associação dos Professores da PUC-Campinas (Apropucc); Associação dos Docentes da Unicamp (Adunicamp); Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp); Sindicatos dos Trabalhadores da Unicamp (STU).
- Apoio: Museu da Imagem e do Som (MS) e Museu da Cidade (Muci) de Campinas.
Fonte: Museu da Imagem e do Som