Campanha Salarial 2015: Os trabalhadores seguem na luta

Os trabalhadores da Unicamp sempre lutaram para que os salários sejam isonômicos entre as três universidades estaduais paulistas. Em 2011, após uma greve de mais de dois meses, o tema voltou ao centro das discussões na Universidade, levando a que todas as candidaturas à reitoria no pleito realizado no início do ano seguinte tivessem que se manifestar sobre o tema. O vencedor da consulta, que teve ampla maioria de votos dos trabalhadores técnico-administrativos, comprometeu-se em seu programa de gestão a “restabelecer a igualdade dos salários da Unicamp com os da Universidade de São Paulo (USP), “nos dois primeiros anos da gestão”.
Em junho de 2013, em ofício ao STU, o reitor José Tadeu Jorge reiterou o compromisso firmado, estabelecendo o prazo de abril deste ano para encerrar o processo de recomposição da isonomia. No entanto, este prazo venceu e, após muitas idas e vindas, cobranças, discursos do reitor de que a efetivação estaria “condicionada à arrecadação do ICMS e poderia nem ser viabilizada, a mobilização da categoria para ir a um nova greve levou a reitoria a apresentar novo cronograma para efetivação da paridade salarial com a USP. Pela nova proposta, aprovada em assembleia no dia 25 de maio, quando a arrecadação estadual deste ano chegar a R$ 92,2 bilhões será garantida uma referência para todos os servidores, exceto os já isonômicos (118 funcionários enquadrados no nível 01-F).
Além disso, está pactuado que:
Se a arrecadação estadual do ICMS chegar em R$ 94 bilhões, é possível garantir mais uma referência no nível médio e superior para os servidores que estão abaixo do piso;
Com R$ 94,5 bilhões, é possível garantir mais uma referência para todos os servidores que estão abaixo do piso;
E se o acumulado do ICMS atingir R$ 95,2 bilhões será possível garantir mais uma referência para todos e eliminar o saldo residual, completando o processo de efetivação da isonomia.
Embora não seja a efetivação da “isonomia já!”, como a categoria vem cobrando há cinco anos, os trabalhadores e trabalhadoras em assembleia precedida de dezenas de reuniões de unidades consideram um avanço importante a Universidade reafirmar o reconhecimento do direito à isonomia, impedindo que a conta da crise seja jogada sobre as costas daqueles que têm um papel fundamental na construção cotidiana da excelência da Unicamp.
Esse desenrolar das negociações internas à Unicamp ganhou ainda mais importância diante da lamentável postura do reitor da USP e presidente do Cruesp, Marco Antônio Zago, de encerrar unilateralmente as negociações com o Fórum das Seis encaminhando ao Conselho Universitário daquela Universidade a votação da proposta apresentada às entidades pelos reitores e reconhecidamente insuficiente até para a cobertura das perdas inflacionárias de maio/2014 a abril/2015.
O Fórum das Seis havia reafirmado disposição em negociar. Diante da realidade da crise, as categorias decidiram majoritariamente até discutir os 3% de reposição de perdas acumuladas se fosse garantido o índice de reajuste de 8,35% do ICV-Dieese. Como a proposta foi negada pelo Cruesp, o Fórum propôs que pelo menos os 7,21% de reajuste oferecido fossem pagos integralmente na data-base (em maio deste ano). E ainda numa última tentativa de negociação, o Fórum cobrou que o parcelamento fosse de 5,36% em maio e 1,76% em junho.
A preocupação das categorias, em toda a negociação, foi defender as universidades e valorizar os trabalhadores, visando assegurar melhores condições de trabalho e salário, e minimizar as perdas salariais já acumuladas. No entanto, o Cruesp mais uma vez mostrou indisposição em efetivar uma negociação real, recusando todas as propostas do Fórum e criando um fato consumado com a votação no CO/USP.
Por isso, os trabalhadores da Unicamp, em unidade com o Fórum das Seis, seguirão na luta:
– Pela retomada da isonomia entre os servidores das três universidades estaduais paulistas;
– Pela aprovação das propostas apresentadas pelas entidades à LDO/2016, visando ampliar o financiamento da Unicamp, USP, Unesp e Centro Paula Souza;
– Pela extensão do auxílio alimentação aos aposentados das três universidades;
– Pela garantia da reunião com a qual o Cruesp se comprometeu em setembro deste ano, a fim de avaliar as possibilidades de avanço nas negociações salariais;
– Pela aprovação da pauta específica na Unicamp.

Está gostando do nosso conteúdo? Compartilhe!

STU (Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp)

Av. Érico Veríssimo, 1545 – Cidade Universitária – Campinas / SP – CEP 13083-851
(19) xxxxxxxx / xxxxxxxx
[email protected] / facebook.com/stu.unicamp /www.youtube .com / user / imprensastu

Todos Direitos e Conteúdos Reservados por Stu

Criado por @ Guilherme Rezende