Assembleia mantém encaminhamentos para a campanha salarial unificada

A assembleia da última quarta-feira (23) reafirmou o poscionamento aprovado no dia 9/3 de que a Campanha salarial Unificada deste ano
deve lutar pela reposição do ICV-Dieese de maio/2015 a abril/2016 mais 3% de recuperação parcial das perdas historicamente acumuladas, e
a reivindicação de 14,16% (em parcela única e igual para todos os trabalhadores) a título de recuperação da perda provocada pelo parcelamento do reajuste do ano passado, retroativo a data base.

Novamente os trabalhadores rejeitaram a proposta do Fórum de incluir na pauta unitária a luta pela mudança do teto salarial no Estado para o equivalente a 90,25% do subsídio de um ministro do Supremo Tribunal Federal.

A decisão foi referendada por 41 votos pela manutenção da deliberação anterior contra 23 votos a favor de uma proposta similar à que foi provada na assembleia do Sintusp, que autorizava a inclusão do debate sobre o teto na luta unificada para fortalecer a mobilização unificada do Fórum das Seis. Dois servidores se abstiveram.

A coordenação do Fórum se reúne nesta segunda (28) com o objetivo de fechar a pauta unificada e discutir a entrega das reivindicações ao Cruesp.

Plenária da Fasubra – Na assembleia também foram eleitos os representantes da categoria à próxima plenária nacional estatutária da Fasubra. A atividade acontece de 1° a 3 de abril, em Brasília, e vai debater a conjuntura, carreira e a emergência internacional colocada pela epidemia do Zika vírus e como esse cenário afeta os direitos das mulheres trabalhadoras. Ficou decidido pela assembleia que os trabalhadores serão representados respeitando a proporcionalidade dos grupos que compõem a diretoria do sindicato. A Unicamp tem direito a cinco delegados ou delegadas à plenária (1 indicado pela Coletivo Alerta Unicamp, 1 do Vamos à luta!, 1 indicado pelo Coletivo Apesar e 1 representante da chapa Lutar pra Valer – Independência e Democracia na Base, que concorreram nas últimas eleições para a diretoria do sindicato e obtiveram votos necessários para integrar o colegiado). Além disso, um representante indicado pela diretoria do STU será também delegado à plenária.

Também foram aprovadas pela assembleia uma moção contra a punição da diretora do STU e da Fasubra Adriana Stella (leia abaixo) e o encaminhamento para a Comissão Nacional e  Estadual da Verdade de moção sugerindo a alteração dos nomes das rodovias estatuais e nacionais que contenham nomes de ditadores e apoiadores da ditadura militar.

 

Moção pela retirada das punições à Adriana Stella e anulação da Sindicância

A Assembleia Geral dos Trabalhadores da Unicamp vem manifestar irrestrito apoio e solidariedade à funcionária da Unicamp e diretora do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU) e da FASUBRA, Adriana Cristina de Toledo Stella, vítima de assédio moral em seu local de trabalho e de sindicância que determinou sua punição por não se calar e denunciar seu chefe assediador.

Adriana Stella sofreu assédio moral por seu chefe que repetida e sistematicamente a hostilizou, ridicularizou, inferiorizou, e culpabilizou por sua gravidez e sua atuação sindical junto à categoria.

Há exatamente um ano, a Assembleia Geral dos Trabalhadores da Unicamp já aprovou uma moção de apoio e retirada das punições. No mesmo ano, o tema das punições e perseguições aos ativistas foi alvo de debate com a Reitoria na Campanha Salarial. A Universidade assumiu que a prática de assédio moral é constante e assinou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto ao Ministério Público para coibir essa prática. O Reitor, chegou a assumir publicamente em reunião realizada junto ao STU que o processo de Adriana foi conduzido de forma irregular e que, portanto, deveria ser considerado como nulo.

Mesmo assim, passado quase um ano do processo que ficou engavetado na Reitoria desde abril de 2015 até o início do ano de 2016, ao início da Campanha Salarial deste ano a Reitoria encaminha ao STU comunicado informando que a sindicalista Adriana receberá as punições. Além de não cumprir o que o Reitor publicamente expressou em reunião gravada e não cumprir o TAC, a Reitoria se utiliza de métodos coercitivos para amedrontar os trabalhadores da Unicamp ao punir uma trabalhadora que denuncia o assédio.

A prática da Reitoria reforça que aqueles que não se calam e lutam contra o assédio e perseguição serão duramente punidos, como forma “exemplar” de calar a voz dos trabalhadores desta Universidade. Em época de Campanha Salarial, a Reitoria reforça ainda mais que irá perseguir aqueles que lutam.

A Assembleia Geral dos Trabalhadores da Unicamp considera grave a perseguição institucional e a tentativa de punição exemplar de uma trabalhadora que ousou não se calar frente ao assédio! Por isso, exige a imediata retirada das punições e anulação da Sindicância.

Assembleia Geral dos Trabalhadores da Unicamp

Campinas, 23 de março de 2016

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