A Campanha Salarial mal começou e os reitores querem usar a justificativa da crise para arrochar os salários e cortar verbas universitárias.
Na primeira reunião de negociação com o Cruesp, sob a presidência do reitor José Tadeu Jorge, o Fórum das Seis (F6) lamentou que o índice não fosse discutido, dadas as expectativas presentes na comunidade.
Diante da falta de discussão e, talvez, de perspectiva de reajuste, esse ano nossa data-base dá mostras de que para avançarmos teremos que apostar na mobilização.
Dessa forma, nossa Assembleia Geral aprovou, na tarde desta quinta-feira (27), o indicativo de luta proposto pelo Fórum das Seis (F6) “Contra o Arrocho e o Desmonte do Serviço Público”, além de um conjunto de ações para construir e fortalecer nossa unidade. Sendo elas:
- Fortalecer nossa mobilização realizando reuniões de unidades para debater a data-base e a nossa luta pela isonomia;
- Convocar Comando de Mobilização para a próxima segunda-feira (02), às 12h, para organização da paralisação contra os cortes de verbas e o contingenciamento;
- Dia de Paralisação – quarta-feira (04) para protestar contra o contingenciamento e os cortes de verbas – encampar o indicativo do IFCH;
- Organizar caravana, na próxima quinta-feira (05), em apoio ao Sintusp que sofre ameaças de demissões de dirigentes sindicais e aviso de “despejo” da sede que ocupa há 50 anos. Nesta data ocorre um ato convocado pelos companheiros;
- Indicar ao F6 que aponte a perspectiva de greve, caso o Cruesp não atenda as reivindicações de reajuste;
- Realizar um Dia de Luta, Mobilização e Paralisação de técnico-administrativos, em 16/05 (segunda-feira), data em que acontece a segunda rodada de negociação com os reitores. A proposta é que haja concentração no MASP com passeata até a sede do Cruesp;
- Convocar Comando de Mobilização para dia 17/05 (terça-feira) para organizar nossa luta, avaliar o andamento das mobilizações nas unidades e debater o indicativo de greve;
- Convocar Assembleia Geral dos Trabalhadores da Unicamp no dia 18/05 (quarta-feira) para discutir o resultado da reunião de negociação entre o F6 e o Cruesp e deliberar sobre o indicativo de greve;
- Organizar Plenária Conjunta (STU, Adunicamp e DCE) para debater a situação do orçamento da universidade, os cortes de verbas universitárias, a unidade contra o arrocho e o desmonte do serviço público e a resistência da Unicamp ao golpe na forma de impeachment em curso;
- Realizar um ato com ocupação da Fazenda Argentina, considerando que foi adquirida com recursos do IPESP que deveriam ser destinados ao pagamento de aposentadorias;
- Elaborar abaixo assinado reivindicando “Isonomia Já!”, reforçando o compromisso não cumprido pelo reitor;
- Reafirmar a cobrança de que as reuniões de negociação sejam realizadas na universidade que preside o conselho, como tradicionalmente acontecia. Cobrar também que o Cruesp se desfaça da sede na Rua Itapeva e converta o recurso do aluguel em investimentos para a comunidade das três universidades;
A assembleia contou com a participação da direção nacional da Fasubra, que tem acompanhado de perto os encaminhamentos da data-base da categoria.
Caravana para a USP
O Sintusp está sob ameaça de novas demissões de dirigentes sindicais e o anúncio de “despejo” da sede que ocupam no campus há 50 anos.
Os interessados em participar da caravana em apoio ao Sintusp na próxima quinta-feira (05) devem reservar sua vaga, o mais breve possível, com a Secretaria do STU.
Calendário de Mobilização
Além das medidas aprovadas pela categoria, os trabalhadores reafirmaram o calendário de mobilização que já está em curso:
- 1º de Maio – Dia do Trabalhador
- 06/05: Audiência Pública – para discutir o projeto de lei nº 399/2015, que pleiteia a extensão do vale alimentação aos aposentados e pensionistas
- 11/05: Dia de Luta contra o Racismo
Solidariedade Classe
Um representante da fábrica Mabe Eletrodomésticos esteve na assembleia para expor a situação dos trabalhadores que foram demitidos sem pagamento de verbas rescisórias. A empresa mexicana é dona das marcas Continental, GE e Dako e, recentemente, decretou falência como forma de se eximir das responsabilidades dos encargos trabalhistas.
O companheiro informou que a fábrica em Campinas foi desocupada depois de inúmeras pressões sofridas pelos trabalhadores e em Hortolândia por meio de medida coercitiva da Polícia Militar.
Pela situação precária em que se encontram os companheiros, a assembleia expressou solidariedade de classe e o STU se colocou à disposição para fortalecer a luta daquela categoria.
Vale lembrar que, o STU esteve presente em vários atos convocados como forma de manter a unidade na luta.