Em assembleia geral realizada na manhã desta segunda-feira (25) os trabalhadores da Unicamp decidiram aceitar a contraproposta de negociação, discutida em reunião na sexta-feira (22) passada entre o STU e a Reitoria, que prevê que quando a arrecadação chegar a R$ 92,2 bilhões seja garantida uma referência para todos os servidores, exceto os já isonômicos (118 funcionários enquadrados no nível 01-F).
A categoria entende que essa proposta possibilita um avanço no debate sobre a isonomia, mas não inviabiliza a continuidade da negociação no que diz respeito ao gatilho financeiro.
A assembleia avaliou que a proposta de reajuste apresentada pelo Cruesp ao Fórum das Seis (F6) de 4% em maio e 3,09% em outubro, aplicados ao 13º salário é insuficiente. Por isso, devemos manter o índice de 8,4% (Dieese) em maio mais 3% para repor as perdas salariais em setembro (com impactos nos holerites de junho e outubro). Além disso, foi indicado que o F6 mantenha o indicativo de Greve Unificada caso não haja avanço na discussão do reajuste.
Também foi aprovado o calendário indicado pela Fasubra de Greve das Federais, no dia 28 de maio, em defesa da Educação. E das centrais sindicais de Paralisação Nacional rumo à Greve Geral em 29 de maio, contra a política de reajuste fiscal.
Pauta Específica 2015
A assembleia também aprovou a Pauta Específica 2015 que será protocolada pelo Sindicato na reitoria.
Confira abaixo todas as reivindicações contidas na pauta:
Pauta Específica 2015
1) Implementação da isonomia já
2) Implementação das 30 horas para todos os trabalhadores da saúde com dimensionamento democrático dos quadros
3) ***Mais vagas nas creches, atendendo demanda efetiva incluindo as empresas terceirizadas
– Ampliação do quadro permanente de funcionários técnico-administrativos e de docentes, via concurso público, atendendo às demandas definidas pelas unidades de ensino e demais órgãos institucionais, garantindo-se a reposição imediata nos casos de exoneração ou falecimento; garantia de vagas em creches para os filhos dos funcionários técnico-administrativos, docentes e estudantes, de modo a atender a demanda efetiva em todos os campi e as terceirizadas.
4) Implantação do vale refeição
5) Garantia e calendário da mudança de regime, visando regime jurídico único (Esunicamp)
6) Carreira dos funcionários (regulamentação do horário para estudante; reconhecimento da escolaridade formal e valorização da experiência; desvinculação da reserva de recurso; pisos salariais; mobilidade funcional) Incorporação de todos os valores pagos a titulo de “benefícios” aos proventos dos aposentados e extensão de todo reajuste linear na carreira e na isonomia
7) Isonomia com a Unicamp para todos os trabalhadores da Funcamp; fim das demissões sumárias na Funcamp; contra as contratações e contrato de gestão
8) Redução do valor do fretado com vistas à gratuidade e melhoria dos serviços e da mobilidade no transporte público e no serviço de circular interno
9) Cotas raciais e inclusão
10) Fim da Portaria GR-02 (*contingenciamento das contratações)
11) Condições de Trabalho – Assédio moral (*exigir cumprimento do acordo)
12) Democratização do uso da internet para todos os setores
13) Reajuste do auxilio alimentação e demais benefícios: auxílio criança e auxílio especial
14) Reajuste dos salários dos estagiários que estão congelados desde 2008
15) Fim da terceirização e incorporação dos trabalhadores terceirizados
16) Que a licença nojo concedida aos trabalhadores contratados pelo regime CLE seja estendida nos mesmos moldes aos funcionários contratados pelo regime CLT
17) Publicizar os salários dos trabalhadores da Unicamp, nos mesmos moldes que foram publicados os dos trabalhadores da USP (Lei da Transparência).
18) Que os benefícios concedidos sejam imediatamente reajustados quando houver reajustes nos salários
19) Discutir a pauta específica da DEdIC, já protocolada em 2014.