Intensificar a luta contra todas as formas de ataques aos nossos direitos sociais e trabalhistas foi a diretriz tirada na assembleia realizada hoje (10) pela manhã.
Foi reafirmada a participação das trabalhadoras e trabalhadores da Unicamp na Greve dos Servidores Públicos e Dia Nacional de Luta, marcada para 18 de agosto.
A indicação da assembleia é aproveitar a data para pressionar o reitor Tom Zé a se manifestar sobre a negociação da nossa pauta interna. Além de unificar as ações das três universidades paulistas através da construção de um ato conjunto hibrido (presencial e virtual), em frente às reitorias da Usp, Unesp e Unicamp, contra o arrocho e o descaso com a pauta conjunta.
Esquenta
Outra proposta aprovada na assembleia foi a realização de um “esquenta” dias antes da greve.
A ideia é mostrar a responsabilidade de Bolsonaro na destruição de serviços públicos, privatização de estatais essenciais, no aumento do desemprego, na inflação dos preços em geral e na ampliação da fome e da miséria.
Até o dia 18/08 deverão ser construídos vídeos, lives, materiais digitais, reuniões virtuais e panfletagens dentro e fora da Unicamp. Tudo para dar visibilidade a todos os ataques e ainda ampliar o diálogo com a categoria.
Já anota aí que dia 16/08 tem uma Live Estadual para debater os prejuízos da PEC 32.
Direito da população
Foi reafirmada a nossa participação no ato que será realizado no Centro de Campinas em unidade com os demais trabalhadores.
O objetivo é conscientizar a população sobre os perigos do desmonte do serviço público e demonstrar a importância do servidor público não só como um funcionário da sociedade, mas como um defensor dos direitos sociais como Saúde, Educação, Moradia, Cultura, Assistência Social etc.
Mobilização estudantil
A UNE (União Nacional dos Estudantes), a Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) e a ANPG (Associação Nacional de Pós-graduandos) e demais entidades ligadas ao Movimento Estudantil estão convocando para amanhã (11), Dia do Estudante, um ato nacional em defesa da Educação.
Como o cenário é de emergência, já que Bolsonaro se colocou como inimigo número um da educação, atacando universidades, estudantes e servidores públicos, nossa assembleia aprovou a unificação com a pauta estudantil como forma de defender a educação pública, a permanência estudantil e o patrimônio público brasileiro.
Luto para nós é verbo
A Greve Nacional do Setor Público vai além do combate à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 32, que estabelece a Reforma Administrativa. A mobilização denuncia as privatizações e reivindica auxílio emergencial de R$ 600, emprego e vacina para todos.
A greve é sobre o direito à vida, a democracia do país e melhores condições de trabalho.
No dia 7 de setembro, marcado como Grito dos Excluídos, será realizado novo protesto pelo #ForaBolsonaro. A intenção é sair das ruas somente quando esse governo for derrubado.
Próximos passos
Amanhã (11) tem reunião da diretoria do STU para elaborar de forma prática as manifestações que faremos na reitoria e no centro de Campinas.
A assembleia apreciou também o documento elaborado pelo grupo de trabalho composto por membros escolhidos na última plenária, da Cipa e da diretoria do Sindicato com objetivo de preparar uma avaliação sobre os vários aspectos que envolvem o retorno ao trabalho, observando a GR 49/2021. O documento deverá ser entregue à reitoria nos próximos dias.
Foi aprovada uma moção de repúdio ao ato de racismo cometido no supermercado atacadista Assaí de Limeira contra o metalúrgico Luiz Carlos da Silva. Além de destacar a importância das moções que já foram elaboradas pelo STU contra a privatização dos Correios, e em apoio ao trabalhadores da construção civil contratados pela MRV.
Em memória de um Brasil que se foi, a assembleia foi encerrada com um minuto de silêncio em solidariedade aos amigos e familiares que nos deixaram, especialmente, as vítimas de Covid-19.