Os trabalhadores e os estudantes da Unicamp realizaram hoje um café da manhã coletivo no Ciclo Básico e também uma manifestação conjunta que percorreu diversas unidades da Universidade reafirmando a importância da luta unitária e denunciando os cortes impostos pela reitoria através da GR10, que contingencia R$ 40 milhões das verbas do orçamento, enquanto mantém o pagamento das duplas matrículas e dos supersalários. O ato foi encerrado em frente à Funcamp, onde o reitor está instalado desde que os estudantes ocuparam a reitoria por moradia, cotas, permanência e contra os cortes.
Durante a mobilização unitária foi reiterada a disposição de luta pela pauta do Fórum das Seis que, além da isonomia dos pisos e o reajuste de 12,34%, também inclui a reivindicação de ampliação das políticas de permanência estudantil.
O reitor da Unicamp e presidente do Cruesp, José Tadeu Jorge, foi duramente criticado pelos manifestantes por sua recusa em negociar com os estudantes, que desde o dia 10 de maio iniciaram o movimento #OcupaTudoUnicamp, pelas tentativas de judicializar e criminalizar a greve tanto de estudantes quanto dos técnico-adminstrativos e também pelo seu não comparecimento à última reunião de negociação com o Fórum das Seis, demonstrando absoluta falta de diálogo com a comunidade universitária.
Conforme deliberação da assembleia realizada na última terça (31), os trabalhadores seguem construindo iniciativas de fortalecimento da greve unificada de toda a comunidade universitária.
Professores aprovam greve
Em assembleia realizada na tarde de hoje os professores da Unicamp decidiram entrar em greve a partir de hoje, fortalecendo ainda mais a luta pela Pauta Unificada do Fórum das Seis. Além da pauta geral, os docentes reafirmaram seu apoio a luta dos estudantes e pelo “Fora Temer”.
A diretoria do STU está em contato com a Adunicamp para encaminhar a agenda proposta pelo Fórum das Seis e também atividades conjuntas na Unicamp, entre técnicos, docentes e estudantes.