Por Luíza Giovancarli
Na sexta-feira (19) os trabalhadores da USP suspenderam a greve, que durou 116 dias. A categoria conquistou o abono salarial na reunião do Conselho Universitário, que aconteceu na terça-feira (16). No entanto, o reitor Zago estava tentando impor que os trabalhadores compensassem as horas do período em que estiveram em greve. Com a intervenção do Tribunal Regional do Trabalho, que realizou uma nova reunião de conciliação na quarta-feira (17), o reitor cedeu e aceitou a proposta de que os trabalhadores só devem repor horas caso o horário normal de expediente não dê conta da realização das tarefas. Ainda assim, a reposição deve ocorrer em no máximo uma hora por dia e não deve ultrapassar o dia 12 de dezembro.
Na avaliação do Sintusp essa foi a greve mais vitoriosa de todas as já realizadas pela categoria na USP. “Enfrentamos um reitor intransigente, autoritário, com um projeto de destruição que nunca vimos na história da USP. Enfrentamos o corte de verba que vai para as unidades de pesquisa, o arrocho salarial, um projeto de demitir pelo menos 2800 funcionários, a tentativa de flexibilizar as jornadas com redução salarial e a desvinculação dos hospitais. Entramos na greve contra o zero e quando vimos estávamos lutando contra um projeto muito mais destrutivo”, afirma Magno de Carvalho, diretor do Sintusp.
Diante disso, a USP sai da greve fortalecida e vitoriosa, com a certeza de que o reajuste e o abono são conquista de todos os trabalhadores que construíram essa importante e histórica greve.
A categoria reconhece a grande vitória dos trabalhadores, se dispondo a seguir na luta contra o projeto destrutivo do reitor Marco Antonio Zago.