Greve na Unicamp é agravada

A greve na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) segue em seu 24º dia de protesto e com aumento significativo na adesão de funcionários. Há um impasse entre reitoria e o sindicato da Unicamp, o que causa a permanência da greve e a paralisação de alguns órgãos da universidade. Em boletim, o Sindicato de Trabalhadores da Unicamp (STU) afirma que o Conselho de Reitores das Universidades Públicas (CREUSP) já desmarcou a primeira reunião de negociação no dia 13 de junho por telefone e não se justificou. Haverá na quarta-feira, 18 de junho, em São Paulo na Praça da Sé, uma aula pública para discutir o financiamento das universidades (UNICAMP, UNESP e USP).

O início da movimentação veio com o reajuste de 0% no salário de funcionários por parte das reitorias das universidades estaduais do estado de São Paulo. No total, são mais de 65% dos funcionários que pararam com suas atividades para reivindicar seus direitos, incluindo o campus de Limeira, Piracicaba e o Colégio Técnico de Campinas (COTUCA). A greve segue sem previsão de término e com reunião agendada com a reitoria para Setembro desse ano.

No momento profissionais de diversas áreas participam, incluindo docentes e funcionários concursados. A reivindicação central do STU é a reabertura das negociações para o avanço no dissídio (falta de convergência entre trabalhadores e empregadores). Há itens de pauta encaminhados para a reitoria como efetivação de profissionais da área de saúde, isonomia entre as três universidades estaduais paulistas à permanência estudantil e melhores condições de trabalho e estudo.

A estudante de ciências sociais na Unicamp Rebeca Marques acredita na legitimação da greve como uma conscientização geral do que acontece dentro da universidade. “Déficit de profissionais, execução de obras que não eram necessárias, enquanto outras coisas mais urgentes foram deixadas de lado como a reforma na moradia estudantil e de alguns institutos. E também, para questionais a universidade pública, que todo mundo sabe que não é tão pública assim” explica Rebeca.

Marina Rebelo, 28 anos, Diretora do STU defende: “a greve, em termos abstratos, é o momento em que os trabalhadores demonstram a sua unidade, mas também mostram a sua força. Possibilitando que os trabalhadores, fora do expediente, discutam e se formem no âmbito político. A luta continua.”

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