Racismo Institucional é o tema da Roda de Vivências promovida pelo Instituto Negras em Ação em parceria com o STU, em celebração ao Mês da Consciência Negra.
A roda acontece na próxima quinta-feira (21), das 9 às 12h, na sede do STU, com as convidadas:
– Margarida Barbosa, enfermeira, fundadora e ex-diretora do STU, ex-militante do Movimento Negro e fundadora da Organização para Libertação do Povo Negro;
– Elizabete Cardozo, fundadora e ex-diretora do STU, militante do Movimento Negro Unificado e ex-conselheira do Conselho da Comunidade Negra de Campinas;
– Renata Luz, enfermeira, militante do Movimento Negro Unificado e organizadora/facilitadora do curso de Educação Antirracista Ubuntu.
No Mês da Consciência Negra, somos chamados/as a refletir sobre a história, a luta e as conquistas da população negra e seu legado de resistência e coragem que molda a trajetória dessa comunidade. Celebrar esse mês é também reconhecer e valorizar as raízes africanas que permeiam nossa cultura, religiosidade, gastronomia etc.
É um período para honrar ancestrais e reverenciar ícones como Zumbi dos Palmares e Dandara, que dedicaram suas vidas à liberdade e à dignidade do povo negro. Precisamos falar também sobre a necessidade de ações de reparos e justiça diante do racismo que, infelizmente, ainda permeia nosso cotidiano.
O combate ao racismo exige políticas afirmativas, oportunidades reais de inclusão e um compromisso contínuo com a equidade social.
Ações concretas – como o incentivo ao acesso à educação para jovens negros, à saúde e à habitação para mulheres negras, o combate à violência racial e a promoção de representatividade em espaços de poder – são essenciais para transformar estruturas que ainda perpetuam desigualdades.
Assim, construir uma sociedade verdadeiramente justa passa pela escuta ativa e pela valorização da cultura e da história negra, tornando o futuro um lugar de possibilidades justas e respeitosas e longe de preconceito racial.
O encontro homenageia de forma póstuma a querida Anunciação Marqueza dos Santos Almeida, trabalhadora doméstica e sindicalista que contribuiu para a reabertura e fortalecimento do Sindicato das Trabalhadoras Domésticas de Campinas.
Para o STU, que se orgulha de ter estado ao lado dos/as estudantes na luta por cotas etnicorraciais, debater o racismo institucional é uma urgência, especialmente em uma universidade elitizada que reflete as desigualdades estruturais do mundo corporativo.
A disparidade é evidente: cargos de chefia majoritariamente ocupados por homens brancos, enquanto infelizmente a população negra permanece relegada a funções precarizadas, como as de limpeza e segurança terceirizadas.
Transformar essa realidade é um passo essencial para construir uma universidade verdadeiramente inclusiva e justa. Sua presença é muito importante!