Os trabalhadores terceirizados da Limpadora Centro entraram com uma representação contra a empresa no Ministério Público do Trabalho na última sexta-feira (26). A ação marcou o fim da greve da categoria, iniciada cinco dias antes.
O movimento, que não contou com o apoio da entidade sindical que representa legalmente os funcionários da Centro, o Siemaco, foi sufocado pela patronal, que se recusou a negociar com os trabalhadores e se utilizou de assédio moral para evitar que houvesse maior adesão.
Para piorar, na quinta-feira (25), a Polícia Militar, cuja entrada no campus depende de autorização da reitoria, foi chamada para “averiguar” a ocupação do escritório da Centro na Universidade, ação organizada pelos grevistas com o objetivo de pressionar a empresa a convocar uma negociação.
O STU, que esteve presente durante toda a greve e contribuiu para a organização do movimento, cobrou explicações da reitoria sobre a presença da polícia no campus, mas a Universidade não se pronunciou.
Em reunião de negociação sobre as condições de trabalho dos funcionários da Funcamp realizada na semana passada, o STU aproveitou para cobrar providências da reitoria em relação à greve dos trabalhadores da Centro. Em resposta, os professores Álvaro Crósta e Paulo
César Montagner disseram que o único meio de intervenção da Universidade no assunto seria com a aplicação de multas à empresa devido ao descumprimento das cláusulas contratuais.
O STU já tem em mãos cópia de um dos contratos entre a Centro e a Unicamp e buscará levantar junto às unidades os problemas referentes à adequação de estrutura.