Alunos, funcionários e docentes da Unesp deram início ontem (3) a uma greve geral. Entre os servidores a paralisação já chegou a 10 campi. Os estudantes aderiram ao movimento em 8 unidades e os docentes cruzaram os braços em Marília, no IA/São Paulo e têm paralisações definidas em Assis e São José do Rio Preto.
A greve geral foi discutida em assembleias específicas de cada segmento. No último dia 29, representantes do Sintunesp, Adunesp e Conselho de Entidades Estudantis Unesp/FATEC se reuniram no campus de Marília, onde os estudantes estão em greve há mais de um mês, e o movimento foi confirmado.
Durante a última reunião com o Cruesp, em 24/05, servidores e professores já tinham realizado paralisação em diversos campi. Devido à falta de avanços nas negociações, que é parte da política do governo Alckmin para o setor público sendo implementada pelos reitores, a comunidade da Unesp avaliou que era hora de parar.
A pauta de reivindicações das três categorias inclui a elaboração de um plano de permanência estudantil, paridade entre os três segmentos nos órgãos colegiados da Universidade, reajuste salarial de 11% para servidores técnico-administrativos e docentes, isonomia de pisos e benefícios nas três universidades estaduais paulistas, rejeição do Pimesp (Plano de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Paulista) e a não criminalização dos movimentos sociais.
As entidades encaminharam ofício ao reitor da Unesp, Julio Cezar Durigan, solicitando audiência para negociar a pauta de reivindicações. No próximo dia 6 (quinta-feira), haverá um dia especial de atividades da greve nos campi e, no dia 11, representantes dos campi em greve participarão do ato convocado pelo Fórum das Seis na Unicamp.