Os estudantes da Unesp de Ourinhos entraram em greve na última quarta-feira (17) para reivindicar melhores condições de permanência estudantil na Universidade. De acordo com representantes do movimento, a greve foi motivada pelo atraso de dois meses no pagamento de bolsas de extensão, além do não pagamento das bolsas de pesquisa nos meses de férias e a ausência de moradia estudantil e restaurante universitário no campus de Ourinhos.
Ontem, após uma assembleia com cerca de 500 estudantes, o movimento também recebeu a adesão dos alunos do campus de Marília, que reivindicam a ampliação da oferta da Bolsa de Permanência e Alimentação, ampliação do RU com diversidade no cardápio e aumento de vagas na moradia estudantil. Em solidariedade à luta dos estudantes por melhores condições de permanência, os trabalhadores técnico-administrativos do campus de Marília chegaram a paralisar as suas atividades durante o dia de ontem.
O STU apoia o movimento dos estudantes da Unesp de Marília e Ourinhos e reafirma a sua posição intransigente na luta pela ampliação das verbas para as universidades estaduais paulistas junto ao Governo do Estado no sentido de garantir melhores condições de ensino, trabalho e permanência.
O Fórum das Seis, entidade representativa das associações de professores, sindicatos e diretórios estudantis da USP, Unicamp e Unesp, por diversas vezes já tentou discutir com o Cruesp a necessidade de exigir do Governo do Estado o cumprimento da Lei de Diretrizes Orçamentárias, que estabelece o repasse mínimo de 9,57% do ICMS para as universidades. Entretanto, o governador Geraldo Alckmin se recusa a cumprir a legislação, impondo às universidades um intenso processo de precarização.
Atualizada em 29/04/2013 às 9:17