Greve Geral: a luta não vai parar se não cessarem os ataques aos nossos direitos (Foto: Pedro Amatuzzi)
Na última sexta-feira, 28 de Abril, milhões de pessoas cruzaram os braços no Brasil na Greve Geral contra a proposta de retirada de direitos do governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB). Fizemos a maior Greve Geral da história do país!
A terceirização, as reformas da Previdência e Trabalhista são ataques duríssimos aos direitos historicamente conquistados pela classe trabalhadora e a resposta precisava estar à altura desse retrocesso.
Em Campinas paramos ruas, rodovias, empresas públicas e privadas, fábricas, lojas, bancos e as garagens de ônibus do transporte público e alguns de fretamento também. E numa demonstração de unidade na luta os condutores mantiveram a paralisação o dia inteiro. A Associação dos Advogados Trabalhistas de Campinas também encampou a luta realizando atos em frente ao Tribunal Regional do Trabalho 15ª Região e ao Fórum Trabalhista de Campinas.
As ruas do Centro de Campinas ficaram vazias já que muitas categorias de trabalhadores decidiram aderir à paralisação. Na Unicamp e em Barão Geraldo não foi diferente! Paramos a Universidade e tomamos as ruas do distrito para denunciar que Temer quer destruir nossos direitos.
Diversos movimentos populares e militantes, convocados pelo Fórum das Centrais Sindicais e as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, saíram de diversos pontos da cidade para se concentrarem no Largo do Rosário, onde ocorreram dois atos – de manhã e à tarde. Ambos reuniram milhares de manifestantes que em passeata percorreram as ruas do entorno para bradar aos quatro ventos que não vão arredar o pé da luta em defesa da aposentadoria e os direitos trabalhistas.
A última pesquisa Datafolha demonstra que sete em cada dez brasileiros são contra a reforma da Previdência e 58% dos trabalhadores acreditam que perderão direitos com a Reforma Trabalhista, aprovada na Câmara dos Deputados no final de abril. Somado a isso, outro levantamento do mesmo instituto indica que 61% avaliam a gestão de Temer como ruim ou péssima e 23% a consideram regular.
Isso demonstra o quanto o governo ilegítimo de Temer tem feito uma gestão antidemocrática que não contempla os anseios da população. Por conta da grande reprovação, ele tem se aproveitado da mídia para difundir informações mentirosas sobre as reformas para confundir os cidadãos e também tem acenado com pequenas mudanças que não melhoram em nada suas propostas antipopulistas. Não podemos nos enganar, as Reformas da Previdência e Trabalhista representam uma grave ameaça aos direitos dos trabalhadores.
E uma coisa é certa, nossa Jornada de Lutas iniciada em março e, principalmente, a Greve Geral tem pressionado o Planalto e o governo, por isso, precisamos seguir firmes.
O jogo do governo é pesado, mas estamos respondendo à altura. E o governo terá que escutar o clamor população na marra!
Dia do Trabalhador teve mais protestos contra as reformas e a terceirização
1º de Maio: trabalhadores e trabalhadoras na rua fortalecem a resistência (Foto: Beeroth de Souza)
Dois dias depois da Greve Geral, no Dia Internacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras aconteceu o “Ato Político de Resistência do 1º de Maio”.
Foi mais um dia de luta e resistência contra o maior ataque aos direitos trabalhistas, previdenciários e sociais já ocorridos na história do Brasil.
A concentração ocorreu no Largo do Pará, depois os manifestantes seguiram em caminhada até o Largo do Rosário e em seguida foram para o Largo da Catedral, onde foi realizado um ato político, após a Missa do Trabalhador realizada na igreja Catedral Metropolitana de Campinas.
Mais uma vez foi lembrado pelas Centrais Sindicais e movimentos sociais que nessa conjuntura de ataques decorrentes do retrocesso político é fundamental mantermos unidade na luta. Isso significa que, enquanto o governo não recuar em suas propostas a nossa luta não vai parar: não às reformas Trabalhista e da Previdência e ao projeto que libera a terceirização!