Em 2022 mulheres ainda lutam por dignidade humana e
Em 1917 as mulheres revolucionárias se mobilizaram contra a exploração e a opressão capitalista. Desde então, suas descendentes ainda lutam contra as desigualdades e a fome.
Durante muitos anos o Dia Internacional de Luta das Mulheres, 8 de março, marca a data em que devemos não só refletir, mas combater comportamentos e ações machistas, racistas, sexistas, misóginos, LGBTQIA+fóbicos, gordofóbicos e preconceituosos.
Até quando as mulheres terão que continuar lutando para superar a violência de gênero e as desigualdades sociais impostas pela opressão capitalista e conservadora, que vitima de forma trágica as mulheres, prioritariamente as negras?
Se analisarmos o relatório “Violência contra as Mulheres em Dados”, do Instituto Patrícia Galvão, vemos que essa luta está longe de cessar.
Ataques à vida da mulher negra
As mulheres negras ficam à margem da sociedade e são as que mais sofrem por conta das desigualdades, racismo, sexismo, violência doméstica e falta de acesso à saúde, educação e à cidade.
São inúmeros os motivos pelos quais as mulheres seguem nas ruas combatendo esse projeto político de morte que ataca os seus direitos e tenta a todo custo controlar os seus corpos, enquanto inviabiliza sua voz e profere discurso de ódio taxando-as de “fraquejada”.
Em áudio vazado, recentemente, o deputado estadual Arthur do Val (Podemos/SP), conhecido como “Mamãe Falei” proferiu falas machistas e cruéis em relação às mulheres refugiadas na Ucrânia ao dizer que “as mulheres ucranianas são fáceis de ‘pegar’ porque são pobres”.
Vivemos num sistema político e econômico que utiliza da exploração da força de trabalho da mulher e dos seus corpos para se sustentar. As mulheres são o pilar dessa sociedade, desde o trabalho doméstico e o cuidado da família, até o trabalho operário, tido como produtivo. E ainda assim, são 70% da população mais pobre do mundo.
Hoje em dia, a mulher morre de fome ou de violência, Isso prova a urgência da luta em defesa de políticas públicas que garantam vida digna para todas e rompa com todo o retrocesso e retirada de direitos.
Exposição de Fotos e Caravana STU
O STU, junto às trabalhadoras da Área da Saúde, está organizando uma exposição fotográfica para relembrar o histórico de luta dessas companheiras por melhores condições de trabalho e de vida. Confere lá na entrada do F1 do HC, a partir das 10h.
Mais tarde, às 15h30, vamos nos concentrar na sede do STU, para a caravana rumo ao Largo do Rosário para o ato “Pela Vida das Mulheres – Bolsonaro e Dória Nunca Mais! Por um Brasil sem Machismo, Racismo, LGBTQIA+fobia e sem Fome!”.
MAPA DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES
- Uma mulher é vítima de estupro a cada 10 minutos;
- Três mulheres são vítimas de feminicídio a cada um dia;
- Uma travesti ou mulher trans é assassinada no país a cada 2 dias;
- 30 mulheres sofrem agressão física por hora;
- 81% das mulheres já sofreram violência em seus deslocamentos pela cidade;
- 76% das mulheres já sofreram violência e assédio no trabalho;
- Cresceu em 67,9% a violência contra as mulheres com deficiência durante a pandemia;
- Mulheres negras foram 67% das vítimas de homicídio em 2019;
- Uma em cada quatro mulheres sofre violência obstétrica, dessas 65,9% são negras.
PROGRAMAÇÃO DO DIA DE LUTA DAS MULHERERES
- 10h – Exposição Fotográfica “Trabalhadoras da Área de Saúde”
- 15h30 – Caravana – Ato das Mulheres em Campinas (Concentração no STU)
- 16h – Ato “Pela Vida das Mulheres (Largo do Rosário – Centro/Campinas)